Este blog tem por finalidade, homenagear consagrados poetas e escritores e, os notáveis poetas da internet.
A todos nosso carinho e admiração.

Clube de Poetas









terça-feira, 22 de maio de 2012

AMADEU THIAGO DE MELLO

Thiago de Mello é o nome literário de Amadeu Thiago de Mello, nascido a 30 de março de 1926, na pequenina cidade de Barreirinha, fincada à margem direita do Paraná do Ramos, braço mais comprido do Rio Amazonas, no meio do pedaço mais verde do planeta: a Amazônia.

O poeta, ainda criança, mudou-se para capital, Manaus, onde iniciou seus primeiros estudos no Grupo Escolar Barão do Rio Branco e o segundo grau no então Gyminásio Pedro II.

Concluído os estudos preliminares mudou-se para o Rio de Janeiro, onde ingressou na Faculdade Nacional de Medicina. Por lídima vocação, ou por tara compulsiva, como ele prefere, abraçou o ofício de poeta abandonando o curso de medicina para se entregar, por inteiro, ao difícil e duvidoso (em termos profissionais) caminho da arte poética.

Vivia-se o glamour dos anos 50, num Rio de Janeiro capital do país, ditando para todo Brasil não só as questões de cunho político, mas sobretudo, os eventos artísticos e acontecimentos da produção literária. Hegemonia mantida até hoje mas compartilhada com a cidade de São Paulo e seu efervescente ambiente cultural.

Em 1951, com o livro Silêncio e Palavra, irrompe vigorosamente no cenário cultural brasileiro e de pronto recebe a melhor acolhida da crítica.

Álvaro Lins, Tristão de Ataíde, Manuel Bandeira, Sérgio Milliet e José Lins do Rego, para citar alguns nomes ilustres, viram nele e em sua obra poética duas presenças que, substanciosas e duradouras, enriqueceram a literatura nacional.
"... Thiago de Mello é um poeta de verdade e, coisa rara no momento, tem o que dizer", escreveu Sérgio Milliet.O correr dos anos só fez confirmar suas qualidades e justificar os elogios com que fora recebido pela intelligentsia brasileira. O amadurecimento permitiu ao poeta mergulhar profundamente as raízes da sensibilidade e da consciência crítica na rica seiva humana de um povo ao mesmo tempo tão explorado, tão sofrido e tão generoso como o nosso, e sua poesia, sem perder o sóbrio lirismo que a inflamava, ganhou densidade e concentração, pondo-se por inteiro a serviço de relevantes causas sociais.

Faz Escuro, mas eu Canto; A Canção do Amor Armado; Horóscopo para os que estão Vivos; Poesia Comprometida com a minha e a tua Vida; Mormaço na Floresta; Num Campo de Margaridas realizam, por isso, a bela síntese do poeta e do homem que jamais se deixou ficar indeciso em cima do muro de confortável neutralidade. O poeta e o partisan eram uma só pessoa, dedicada sem medir esforços ou riscos à luta pela emancipação do homem, tanto dos grilhões que injustas estruturas do poder econômico-político lhe impõem quanto das limitações com que individualismo, ignorância ou timidez lhe tolhem os passos.

A biografia de um poeta assim concebido e a tanto cometido não poderia jamais desenvolver-se num plano de tranquila rotina. A de Thiago de Mello teve, por isso mesmo, suas fases sombrias e borrascosas, realçada por arbitrária prisão e longo e doloroso exílio da pátria a que tanto ama e serve.

Essas provações, que enfrentou com a serena firmeza de quem as sabe inevitáveis e delas não foge, enriqueceram-no ainda mais como poeta e ser humano. Alargando sua weltanschauung, permitiram-lhe comprovar o acerto de sua intuição de que o geral passa pelo particular e de que, como dizia seu grande colega Fernando Pessoa:
tudo vale a pena/ se a alma não é pequena.No livro mais recentemente publicado, De Uma Vez Por Todas, todas as linhas marcantes de sua poesia, o lirismo, a sensibilidade humana, a alegria de viver, a luta contra a opressão, o amor constante à Amazônia natal se reúnem harmonicamente, num tecido de rara força e beleza. O poeta não escreve seus poemas apenas em busca de elegância formal: neles se joga por inteiro, coração, cabeça e sentimento, e isso lhes dá autenticidade e força interior.
SEI QUE É PRECISO SONHAR


Campo sem orvalho, seca
A frente de quem não sonha.

Quem não sonha o azul do ví´o
perde seu poder de pássaro.

A realidade da relva
cresce em sonho no sereno
para não ser relva apenas,
mas a relva que se sonha.
Não vinga o sonho da folha
se não crescer incrustado
no sonho que se fez árvore.
Sonhar, mas sem deixar nunca
que o sol do sonho se arraste
pelas campinas do vento.


Fontes de Pesquisa
Trabalho de Pesquisa: Eliana Ellinger (Shir)

MARIA FERNANDA DE CASTRO

MARIA FERNANDA DE CASTRO
(1900 - 1994)
 
 
Fernanda de Castro, filha do Oficial de Marinha João Filipe das Dores de Quadros e de Ana Laura Codina Telles de Castro da Silva, ficou órfã de mãe aos 12 anos de idade.
Romancista, poeta e conferencista portuguesa, conhecida pelo seu nome de solteira, com vasta e diversificada obra, escreveu poesia, literatura infantil, romance e memórias. Fez os seus estudos em Portimão, Figueira da Foz  e Lisboa, tendo frequentado, nesta cidade, os Liceus D. Maria Pia e Passos Manuel.
 Começou por escrever livros infantís com sucesso nomeadamente "Mariazinha em África", 1926; "A Princesa dos Sete Castelos" e "As Novas Aventuras de Mariazinha", 1935. Conheceu a África que transmitiu com talento nos seus livros. Casada com António Ferro, jornalista e homem forte do regime de Salazar, promoveu a cultura no país e no estrangeiro em importantes exposições. Criou e desenvolveu, nos anos trinta, a Associação Nacional dos Parques Infantis, dadas as suas excelentes relações com as mais altas instâncias governamentais.
A sua poesia é francamente inspirada e está de novo a ser divulgada. Destacam-se "Asa no Espaço", 1955; "Poesia I e II", 1969, "Urgente", 1989.  Fernanda de Castro recebeu, em 1969 o Prêmio Nacional de Poesia e recebera em 1945 o Prêmio Ricardo Malheiros pelo romance "Maria da Lua".
O escritor David Mourão-Frerreira, durante as comemorações dos cinquenta anos de atividade literária de Fernanda de Castro disse: “Ela foi a primeira, neste país de musas sorumbáticas e de poetas tristes, a demonstrar que o riso e a alegria também são formas de inspiração, que uma gargalhada pode estalar no tecido de um poema, que o Sol ao meio-dia, olhado de frente, não é um motivo menos nobre do que a Lua à meia-noite”. 
Escreveu até praticamente ao fim da vida, embora nos últimos anos a doença a retivesse na cama. Foi avó da escritora Rita Ferro. Escreveu “Ao Fim da Memória: Memórias (1906-1986)”, 1986.


ALMA, SONHO, POESIA

Entrei na vida
com armas de vencida;
Alma, Sonho, Poesia.
Quando eu cantava
o mundo ria
mas nada me importava:
cantava.
Depois, um dia,
o mundo atirou pedras ao meu canto
e a minha alma rasgou-se.
Que seria?
Medo, espanto,
revolta ou simplesmente dor?
Fosse o que fosse,
o orgulho foi maior.
Com dez punhais nas unhas afiadas
nos olhos azuis duas espadas,
eu nunca mais seria, nunca mais,
a que entrara na vida
com armas de vencida.
Agora o meu querer era mais fundo:
de um lado, eu, do outro, o mundo.
E começou a luta desigual
do tigre e da gazela.

A vencida foi ela.
Mas que louros colheu dessa vitória
o mundo cego e bruto?
O sangue dos Poetas? Triste glória...
Cinza de sonhos mortos? Magro fruto...
Oh, não, punhais e espadas!
Eu só quero cantar! Não quero ossadas
nem, sob os pés, um chão de campas rasas.
Eu só quero cantar! Só quero as minhas asas
e a minha melodia:
Alma, Sonho, Poesia...
Alma, Sonho, Poesia...

Fontes de pesquisa:
 
Trabalho de Pesquisa: Eliana Ellinger (Shir)

ZENA MACIEL

 
Zena Maciel reside no Recife - PE - e escreve desde a adolescência.
Mãe, mulher que caminha nas estradas da vida com garra e certeza de estar fazendo a diferença. Geminiana autêntica,
adora fazer várias coisas ao mesmo tempo. Gosta de atividades físicas e é viciada na magia do mundo virtual, sem perder as rédeas do real. É Gestora Social e Secretária da ONG FazBem. Sempre com fé no ser humano acredita que a solidariedade é a maneira certa de transformar o mundo. Como poeta participou de várias Antologias Poéticas e é no colo da poesia que deixa a inspiração fluir de maneira simples e direta, assim o coração liberta-se das amarras, e livre alça voos.
Num riso leve, solto e encantador Zena conquista à primeira vista e qual flor que floresce em todas as estações canta o amor à poesia e à vida de forma tão transparente que quem a conhece se encanta, se envolve de alma para alma, e em trocas permite os laços da amizade, carinho e respeito. Num lirismo tocante adentra em nossos corações como ave à procura do ninho e, lá permanece nos aquecendo. Na beleza ímpar dos seus versos criamos asas e voamos juntos...
 
Anna Peralva
 
 
 
Ópio de FantasiasZena Maciel


Não chorem no rio
da minha dor
Não bebam na taça
da minha alegria
São ópios de fantasias
de um poeta sonhador

Vê a mística luz nas trevas
Deista por natureza
No escuro das cavernas
encontra magia e beleza

Navega com o coração
por oceanos de rimas perdidas
No barco da solidão
refrigera dores partidas

Vive primaveras douradas
em pleno inverno da alma
Sobre o véu de estrelas apagadas
chora lágrimas de prata

Morre no ocaso de cada dia
nos braços dos líricos poemas
Entrega-se a doce letargia
destes loucos estratagemas
RECIFE- 28/12/2004

Trabalho de arte: Marilda Ternura

CARVALHO BRANCO


Marilza Albuquerque de Castro nasceu no Rio de Janeiro em 16/03. Uma mulher guerreira de muitas faces percorrendo com fé e vigor as estradas da vida. É professora, poetisa, trovadora, ilustradora, declamadora, locutora comercial, rádio-atriz e atriz.
Atualmente é Diretora Cultural da Associação de Jornalistas e Escritoras do Brasil, Segunda Secretária da Federação das Academias de Letras do Brasil e membro de várias entidades literárias (APALA, UBT...) e da Comissão Organizadora do Salão do Atmaísmo. No início usava em seus escritos o nome de Marilza de Castro e hoje usa o pseudônimo poético de Carvalho Branco, significado de seu sobrenome Albuquerque, que vem do latim, cuja análise diz que: - Você está sempre pronto para aventuras por ser muito cheio de energia. Tem uma personalidade ativa e decidida e não vê graça numa vida sem desafios e, sendo um líder nato, atrai pessoas com seu entusiasmo.
No computador ela editou as seguintes obras: - Nosso Cantinho O Tarô (depoimentos sobre tarô), Gotas d’Alma (poesias), Pérolas de Minh’Alma (prosa) e Folhas ao Vento, de seu pai Josemar P. de Castro. Carvalho Branco foi também co-participante de várias Antologias Poéticas e revistas.
Participou de vários concursos literários e exposições, fazendo jus a alguns prêmios. Faz parte de vários grupos de poesia e é Membro da Academia de Letras do Brasil-Mariana em Minas Gerais.
Sua fé norteia seus passos e sempre eleva uma prece ao Criador, consciente da Luz Maior que rege o Universo num lirismo perfeito:
"Obrigada, Senhor, pela oportunidade de viver e por compreenderes-me, todas as vezes que não tive o discernimento necessário para reconhecer o valor da vida que me deste." - Carvalho Branco.
É gente que sente e faz a diferença no seu jeito de ser: - sonhadora e idealista, sempre busca semear o Amor Universal e praticar a fraternidade. Sua obra fundamenta-se  nos sentimentos e ações que guiam sua jornada e assim, ela vai dedilhando suas emoções num canto mavioso. Nele a esperança brota e renova-se a cada amanhecer, onde a vida é plena. Uma eterna transmutação do tempo, infinita nos ciclos que se encontram, num fluir balsâmico de luz que irradia o sublime deslumbre do amor, que traz sabedoria, discernimento e motivo para seguir em frente, acreditando num mundo de paz!


Anna Peralva



MUNDO DO SONHO
Carvalho Branco



Um sonho de amor é sopro de vida...
um sonho de amor é sublime missão...
um sonho de amor é divina acolhida
a um ser, a uma alma sofrida...
um sonho de amor é pura emoção...


Um sonho de amor
é prêmio... é glória...
é forma de realização...
é sempre uma linda história
pelo amor criada e construída...
Um sonho de amor tem colorido e odor...


E, pelos eflúvios do amor,
viaja-se nesse sonho,
ultrapassam-se fronteiras,
perde-se todo e qualquer pudor...
enquanto o amor, assim tão risonho,

realiza-se no jogo, nas brincadeiras...


É tudo tão terno e natural...
tão ardente e real...
tão eroticamente puro...
que pelas alamedas do sonho
eu também mergulho
e a meu amante procuro...
Disponível me ponho
e a seu ouvido arrulho...


Um sonho de amor é um mundo paralelo,
construído pelos nossos desejos...
No meu sonho eu me desvelo
em cuidados pelo homem que amo...
eu o cubro de carícias e beijos,
satisfaço-lhe todos os reclamos...
porque, no meu sonho de amor,
meu amante é meu homem, meu amo,
meu dono, meu deus e senhor!.
                             

http://www.marilza.castro.nom.br/mundodosonho.htm

Trabalho de arte: Marilda Ternura

domingo, 6 de maio de 2012

FERREIRA GULLAR


FERREIRA GULLAR
(10/09/1930)
 
Ferreira Gullar, pseudônimo de José Ribamar Ferreira (São Luis, 10 de setembro de 1930)  é um poeta, crítico de arte, biógrafo, tradutor e ensaista brasileiro e um dos fundadores do neoconcretismo. 
Sobre o pseudônimo, o poeta declarou o seguinte: "Gullar é um dos sobrenomes de minha mãe, o nome dela é Alzira Ribeiro Goulart, e Ferreira é o sobrenome da família, eu então me chamo José Ribamar Ferreira; mas como todo mundo no Maranhão é Ribamar, eu decidi mudar meu nome e fiz isso, usei o Ferreira que é do meu pai e o Gullar que é de minha mãe, só que eu mudei a grafia porque o Gullar de minha mãe é o Goulart francês; é um nome inventado, como a vida é inventada eu inventei o meu nome".
Segundo Maurício Vaitsman , ao lado de Bandeira Tribuzi , Luci Teixeira, Lago Burnet, José Bento, José Sarney e outros escritores, fez parte de um movimento literário difundido através da revista que lançou o pós-modernismo no Maranhão, A Ilha, da qual foi um dos fundadores.
Morando no Rio de Janeiro, participou do movimento da poesia concreta, sendo então um poeta extremamente inovador, escrevendo seus poemas, por exemplo, em placas de madeira, gravando-os.
Em 1956 participou da exposição concretista que é considerada o marco oficial do início da poesia concreta, tendo se afastado desta em 1959, criando, junto com Lígia Clark e Hélio Oiticica, o neoconcretismo, que valorizava a expressão e a subjetividade em oposição ao concretismo ortodoxo. Posteriormente, ainda no início dos anos de 1960, se afasta deste grupo também, por concluir que o movimento levaria ao abandono do vínculo entre a palavra e a poesia, passando a produzir uma poesia engajada e envolvendo-se com os Centros Populares de Cultura. 
 Prêmios
Ganhou o concurso de poesia promovido pelo Jornal de Letras com seu poema "O Galo" em 1950. Os prêmios Molière, o Saci e outros prêmios do teatro em 1966 com "Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come", que é considerada uma obra prima do teatro moderno brasileiro.
Em 2002, foi indicado por nove professores dos Estados Unidos, do Brasil e de Portugal para o Prêmio Nobel de Literatura.   Em 2007, seu livro Resmungos ganhou o Prêmio Jabuti  de melhor livro de ficção do ano. O livro, editado pela Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, reúne crônicas de Gullar publicadas no jornal "Folha de São Paulo" no ano de 2005. Foi considerado pela Revista Época  um dos 100 brasileiros mais influentes do ano de 2009.
Foi agraciado com o Prêmio Camões  2010.
Em 15 de outubro de 2010, foi contemplado com o título de Doutor Honoris Causa, na Faculdade de Letras da UFRJ.
Em 20 de outubro de 2011, foi agraciado com o Prêmio Jabuti de Poesia.

TRADUZIR-SEUma parte de mim
é todo mundo:
outra parte é ninguém:
fundo sem fundo.

uma parte de mim
é multidão:
outra parte estranheza
e solidão.

Uma parte de mim
pesa, pondera:
outra parte
delira.

Uma parte de mim
é permanente:
outra parte
se sabe de repente.

Uma parte de mim
é só vertigem:
outra parte,
linguagem.

Traduzir-se uma parte
na outra parte
- que é uma questão
de vida ou morte -
será arte?

Fontes de Pesquisa:


Trabalho de Pesquisa:  Eliana Ellinger(Shir)

ZILA MAMEDE

ZILA MAMEDE
(1928 - 1985)
 
Zila Mamede nasceu em 1928 em Nova Palmeira, município fundado por seu avô e por seu padrinho de batismo, hoje minicípio do Estado brasileiro da Paraíba. Apesar de seu pai ser de Caicó e seu avô materno do Jardim do Seridó, ambas cidades do interior do Rio Grande do Norte, as duas famílias se juntaram na Paraíba, onde Zila viria a nascer.
Ainda criança, por volta dos cinco, seis anos de idade, mudou-se para o interior do Rio Grande do Norte, mais precisamente para a cidade de Currais Novos, onde seu pai passou a ter uma fábrica beneficiadora de algod-ao. Durante os primeiros anos da Segunda Guerra Mundial, Zila Mamede foi morar em Natal. capital do Estado, onde seu pai se encontrava desde o início da chegada dos americanos para organização da base aérea de Parnamirim, a qual serviria aos aliados. Prima do Coronel Mendonça (José Jorge de Mendoça) da aeronáutica, que continua vivo a morar no bairro do Tirol.
Foi após concluir seus estudos secundários que ela começou a ser ou não ser apresentada à literatura, isso se deu por obra de seu padrinho de batismo, o culto Francisco de Medeiros Dantas, enquanto ela passou algum tempo com ele entre as capitais João Pessoa e Recife. Zila começou a escrever aos 21 anos, ao retornar a Natal, após uma tentativa frustrada de ser freira.
Entre 1955 e 1956, cursou biblioteconomia no Rio de Janeiro e fez ainda uma especialização no Estados Unidos. Depois disso, voltou para Natal, onde reestruturou as duas maiores bibliotecas da cidade: a biblioteca  central da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, que hoje tem seu nome, e a biblioteca pública estadual Câmara Cascudo. Ela publicou livros sobre o assunto, foi membro  do Conselho Federal de Biblioteconomia, trabalhou no Instituto Nacional do Livro, em Brasília, e seu nome tornou-se referência. 
Zila escrevia com sutileza sobre seu dedão, suas paixões, mas abordava ainda temas relacionados ao sertão nordestino.  Também era claro seu fascínio pelo mar,  que ela havia conhecido em 1939, em uma viagem a Pernambuco . Suas principais obras: Rosa de Pedra (1953); Salinas (1958); O Arado (1959); Exercício da Palavra (1975) e Corpo a Corpo (1978).
Em 1978, foi publicado o livro "Navegos" que reúne as cinco obras listadas acima. Zila Mamede contou, durante a produção de seus poemas com o apoio e amizade de grandes nomes da literatura brasileira, como Carlos Drummond de Andrade, que a incluía entre suas preferências literárias, e de João Cabral de Melo Neto. 
Manuel Bandeira considerou seu primeiro livro "Rosa de Pedra", um dos melhores livros de versos brasileiros. Por "Salinas", de 1958, Zila recebeu o prêmio Vânia Souto Carvalho, em Recife. Já " O Arado", de 1959, teve prefácio de Luís Câmara  Cascudo.
Zila Mamede morreu afogada em 1985, enquanto nadava na praia do meio, situada na costa litorânea um pouco antes do Forte dos Reis Magos, em Natal, como fazia quase diariamente.

SONETO DA ESPERA
 
O verde obstinara-se em teus braços
em mim compôs apenas superfície
de tempo, de que és vértice: nasceste
na tessitura frágil das lembranças.
Carregados teus pés se justapõem
às andanças, maduros de certezas
que tuas mãos colheram, na visão
das auroras caídas sobre a mesa.
Verde, esse teu aliciando ventos
sugere uma esperança vespertina
entre os vãos paralelos das estrelas.
Comigo -  claro escuro - o tempo estaca
se verde o sol me abriga, definindo-te
cada vez mais tranqüilo de mistérios.

Fontes de Pesquisa:
 
Trabalho de Pesquisa: Eliana Ellinger (Shir)

JUNIOR PEREIRA ALMEIDA



O Clube de Poetas hoje reverencia o poeta e webdesigner Junior Pereira Almeida, Engenheiro Eletricista e residente em Vitória - ES. Ele é carismático, alegre, religioso e, com  sua fé inabalável um ombro amigo para todas as horas. 
É sempre um porto seguro para as adversidades da vida.Junior adora dança de salão, tem sempre um livro como companhia, curte ouvir músicas e viajar. O mundo é sua estrada e por ela ele vai fazendo a diferença como ser humano.
Gosta de tudo que se refere aos assuntos sobre PSP e sempre doa sua arte que complementa os versos de outros poetas, o que antes tinha vida gerada no ventre da inspiração cria asas e alça voo no firmamento-estesia das palavras e imagens. Mistura perfeita que sempre encanta.
Escreveu alguns versos há anos atrás mas, nenhum foi publicado na época.
Em 2012, recebeu o convite para fazer parte da AVBAP e do Grupo Alma_Artepoesia, onde alguns de seus poemas estão publicados.
Encontrou sua paixão nas formatações usando o PSP, e faz uso desta arte inigualável para ilustrar seus poemas. É um mago que transforma imagens em telas que por si falam da beleza e perfeição que um artista pode alcançar.
Possue um Blog chamado Canto do Baloo, onde publica todos os seus tutoriais e faz a divulgação dos sites e blogs de amigos.
Tem como livro favorito a Bíblia e deixa sempre um  recado com  carinho: "Com  Jesus no coração, tudo fica mais fácil." E asim ele vai conquistando seu espaço e galgando os degraus da sabedoria e discernimento, tornando-se uma pessoa fascinante que nos conquista à primeira vista.

Anna Peralva

Acessem o blog do webdesigner e conheçam sua linda arte
TRISTEZA
JUNIOR P. ALMEIDA


Tristeza que envolve meu peito
Talvez de amor ou de saudades não sei
Mas que deixa a dor insana
Neste pobre coração de um Rei
Um dia certamente quem sabe
De amor, carinho e felicidade
Esta tal tristeza que assola tanto
Sumirá deste meu pranto
Deixando somente o amor florir
Nesta vida que chora tanto.

Vitória - Espírito Santo
12 de Janeiro de 2008

Trabalho de Arte Marilda Ternura