Este blog tem por finalidade, homenagear consagrados poetas e escritores e, os notáveis poetas da internet.
A todos nosso carinho e admiração.

Clube de Poetas









segunda-feira, 25 de junho de 2012

MARIA JOSÉ ZANINI TAUIL

Maria Jose Zanini Tauil, conhecida na net como Jô Tauil, nasceu e mora no Rio de Janeiro.
É formada em Letras  com especialização em Literatura, atuando no ensino médio.
Desde a adolescência, escreve poesias, crônicas e, eventualmente, contos com muita sensibilidade e harmonia.
Seus livros editados: O Amor é o Caminho, Contos Crônicos, As Princesas Maricamiellas (conto infanto-juvenil).

 

Maricamiellas?


"MARI: Mariana...pérola que caiu do céu,
             do rosário de Maria...
             Anjo lindo e gorducho!

  CAMI: Camilla...encanto em forma de poesia,
              meu anjinho sem asas...minha alegria.

  ELLA: Rafaella... bonequinha clonada
             de um lindo bebê de olhos azuis
             que tive há 24 anos.


São as Minhas Superpoderosas Netas!"


Jô Tauil nos brinda com uma biblioteca virtual na AVBL ,
http://www.ebooks.avbl.com.br/biblioteca2/mariajosezaninitauil.htm e participação em antologias virtuais, que podem ser lidas em seu site: http://www.coracao.bazar.nom.br/menu/meuslivros.htm
Maria José além de ser uma grande mulher, esposa, mãe, avó, professora e poeta,  prega o evangelho demonstrando seu imenso amor por Deus.

Diz a poeta: "Escrever é cartase, não preciso de analista, venço medos, curo fobias, exorcizo fantasmas e o mais importante: travo dialogos com Deus. Não sigo modelos de escolas literárias, me aproximo do modernismo, pois venço a prisão da palavra, não me preocupo  com métricas ou rimas.
 Meus versos são livres como pássaro."


Marilda Conceição
 
 


Amor Eterno AmorMaria José Zanini Tauil
 
 
Esse amor não faz chorar
Contigo aprendi a sorrir
Sei que jamais perderei
Contigo aprendi a vencer
Sei que não sofrerei
Apresentaste-me a felicidade
Não morrerei
Ensinaste-me a viver
Amor que é amor
Jamais acaba
Transcende a matéria
Une as almas
É infinito
Quase como o amor do Criador
Pela sua criatura
Se um vai antes do outro
Deixa um rastro de lembranças
E a certeza do reencontro
Num belo dia, no céu
Amor é primavera perene
Colher eterno de flores.
É olhar nos olhos amados
E vê-los transbordantes
De carinho e ternura
Dizendo o que a boca
Tantas vezes cala...
Eu te amo... tu me amas
Temos tudo afinal
Juntos num só coração
Que bate no mesmo compasso
Unidos em tantos abraços


Trabalho de Arte Marilda Ternura

GABRIELA DE ANDRADA

GABRIELA DE ANDRADA
(1852 - 19
Gabriela Frederica de Andrada Dias Mesquita, nasceu em Santos, São Paulo, pertenceu a uma família de renome e tradição, filha do Conselheiro Martim Francisco e irmã de Martim Francisco Ribeiro de Andrada, figura de espírito observador e sarcástico em nossas letras. Casou-se e teve dois filhos com o poeta Teófilo Dias de Mesquita, sobrinho de Gonçalves Dias. De família pobre, Teófilo foi para o Rio de Janeiro, onde, a partir do casamento e do prestígio da família Andrada, seguiu a carreira política, chegando a deputado.
O grande tema da poetisa Gabriela, muito comum ao Barroco e ao Romantismo, é a fugacidade da vida e, em conseqüência, a crítica à ausênica do desejo na velhice e a interrogação acerca da morte, para ela um tenebroso e tormentoso mistério. O topos do ubi sunt, entrelaçado ao passado erotismo e ao desejo da morte freqüenta praticamente todos os poemas. Os temas da saudade e da solidão são também bastante frequentes.
Tendendo ao humor, à ironia e ao sarcasmo, a poesia de Gabriela de Andrada não se enquadra na temática da maioria das poetisas do século XIX. Fugindo dos excessos da imaginação romântica, a poetisa impõe a reflexão e o sentimento de realidade e, em poucos poemas publicados, traz um toque muito pessoal à poesia feminina do final do século, aliando o lirismo à crítica.
(verbete organizado por Zahidé L. Muzart)

Saudade
Da vida na manhã tudo é bonança,
Tudo é luz, tudo flor, tudo harmonia:
São cantos de suavíssima poesia,
Que nos embala em sonhos de esperança.
Ri a ventura ao lábio da criança;
Da mocidade a alegre fantasia,
Escrava da ilusão que a inebria,
Em vão busca o prazer, em vão se cansa.
Passam os anos, e com eles passam,
Uma por uma, todas as quimeras,
Chegam invernos, fogem primaveras...
Além no azul do céu, onde esvoaçam,
Tristes saudades das passadas eras,
São os sonhos da vida que perpassam...

Fontes de Pesquisa:

http://www.blocosonline.com.br/
http://amulhernaliteratura.ufsc.br

Trabalho de Pesquisa: Eliana Ellinger (Shir)

quinta-feira, 21 de junho de 2012

NATÁLIA CORREIA

NATÁLIA CORREIA
(1923 - 1993)
 
 
 No dia 13 de setembro de 1923, nasce a ilustre escritora portuguesa Natália de Oliveira Correia, na Ilha de São Miguel, Fajã de Baixo, Açores. 
Quando tinha apenas onze anos o pai emigra para o Brasil, fixando-se Natália com a mãe e a irmã em Lisboa , cidade onde fez estudos liceais no Liceu D. Filipa de Lencastre. Iniciou-se na literatura com a publicação de uma obra destinada ao público infanto-juvenil mas rapidamente se afirmou como poetisa.
Sem estudos universitários foi, em 1979, deputada à Assembleia da República e colaborou em diversos jornais e revistas. Não se prendendo fortemente a nenhuma corrente literária, esteve inicialmente ligada ao surrealismo e, segundo a própria, a sua mais importante filiação estabeleceu-se em relação ao romantismo. A obra de Natália Correia estende-se por gêneros variados, desde a poesia ao romance, teatro e ensaio.
Foi fundadora da Frente Nacional para a Defesa da Cultura, interveio politicamente ao nível da cultura e do património, na defesa dos direitos humanos e dos direitos da mulher. Apelou sempre à literatura como forma de intervenção na sociedade, tendo tido um papel ativo na oposição ao Estado Novo.
Foi uma figura importante das tertúlias que reuniam nomes centrais da cultura e da literatura portuguesas dos anos 50 e 60. Ficou conhecida pela sua personalidade vigorosa e polêmica, que se reflete na sua escrita.
Entre as suas obras poéticas encontram-se Rio de Nuvens (1947), Poemas (1955), Dimensão Encontrada (1957), Passaporte (1958), Comunicação (1958), Cântico do País Emerso (1961), O Vinho e a Lira (1966), Mátria (1968), As Maçãs de Orestes (1970), A Mosca Iluminada (1972), O Anjo do Ocidente à Entrada de Ferro (1973), Poemas a Rebate (1975), Epístola aos Iamitas (1978), O Dilúvio e a Pomba (1979), O Armistício (1985), Os Sonetos Românticos (1990, Grande Prêmio de Poesia APE/CTT) e O Sol nas Noites e o Luar nos Dias I e II (1993).
A sua obra de ficção engloba Aventuras de Um Pequeno Herói (1945), Anoiteceu no Bairro (1946), A Madona (1968), A Ilha de Circe (1983), Onde Está o Menino Jesus (1987) e As Núpcias (1990). Como dramaturga, escreveu O Progresso de Édipo (1957), O Homúnculo (1965), O Encoberto (1969), Erros Meus, Má Fortuna, Amor Ardente (1981) e A Pécora (1983).
Natália Correia escreveu ainda várias obras ensaísticas, das quais se destacam Descobri que Era Europeia — Impressões de Uma Viagem à América (1951), Poesia de Arte e Realismo Poético (1958), A Questão Acadêmica de 1907 (1962), Uma Estátua para Herodes (1974), Não Percas a Rosa — Diário e algo mais: 25 de Abril de 1974 — 20 de Dezembro de 1975 (1978) e Somos Todos Hispanos (1988). Organizou também algumas antologias de poesia portuguesa, entre as quais Antologia da Poesia Erótica e Satírica (1966), Cantares dos Trovadores Galego-Portugueses (1970), Trovas de D. Dinis (1970), O Surrealismo na Poesia Portuguesa (1973), A Mulher (1973), A Ilha de São Nunca (1982) e Antologia da Poesia do Período Barroco (1982)
Na madrugada de 16 de março de 1993, faleceu, subitamente, com um ataque cardíaco, em sua casa, depois de regressada do Botequim. A sua morte precoce deixou um vazio na cultura portuguesa muito difícil de preencher. Legou a maioria dos seus bens à Região Autônoma doa Açores, que lhe dedicou uma exposição permanente na nova Biblioteca Pública de Ponta Delgada, instituição que tem à sua guarda parte do seu espólio literário (que partilha com a Biblioteca Nacional de Lisboa) constante de muitos volumes éditos, inéditos, documentos biográficos, iconografia e correspondência, incluindo múltiplas obras de arte e a biblioteca privada.


De amor nada mais resta que um Outubro
e quanto mais amada mais desisto:
quanto mais tu me despes mais me cubro
e quanto mais me escondo mais me avisto.

E sei que mais te enleio e te deslumbro
porque se mais me ofusco mais existo.
Por dentro me ilumino, sol oculto,
por fora te ajoelho, corpo místico.

Não me acordes. Estou morta na quermesse
dos teus beijos. Etérea, a minha espécie
nem teus zelos amantes a demovem.

Mas quanto mais em nuvem me desfaço
mais de terra e de fogo é o abraço
com que na carne queres reter-me jovem.


Fontes de pesquisa:
 
Trabalho de Pesquisa Eliana Ellinger (Shir)