Este blog tem por finalidade, homenagear consagrados poetas e escritores e, os notáveis poetas da internet.
A todos nosso carinho e admiração.

Clube de Poetas









terça-feira, 17 de julho de 2012

WANDERLINO ARRUDA


Mineiro de São João do Paraíso (MG), Wanderlino Arruda é residente em Montes Claros. Nasceu em 3 de setembro sob o signo de Virgem. A Terra rege sua caminhada tendo Mercúrio como elemento complementar de um homem que conhece suas raízes e faz da lida ramificações que espelham seu caráter e força.Atuou nas áreas de Contabilidade, Letras e Direito, com pós-graduação em Linguística, Semântica e Literatura Brasileira. Na cidade onde reside foi presidente de diversas instituições: Câmara Municipal, Sindicato dos Bancários, Centro Espírita Canacy, Conselho Regional Espírita, Departamento de Letras da Unimontes, Elos Clube, Esperanto-Klubo, Academia Montesclarense de Letras e Rotary Club de Montes Claros-Norte. Foi Diretor Internacional do Elos da Comunidade Lusíada, Secretário Municipal de Cultura e governador no Rotary International. Professor de Português, Linguística e Oratória na Unimontes.
Um homem com várias facetas... Um pescador de ilusões buscando realizar-se como ser humano ativo e consciente de sua missão nessas paragens. Palestrante em encontros literários e maçônicos. Jornalista, pintor, cronista e poeta!! Dentre suas obras publicadas podemos citar: Tempos de Montes Claros (prosa e poesia), Jornal de Domingo (crônicas), O Dia em que Chiquinho Sumiu (crônicas), e mais: Feeling-Poems, Emoções, Short Stories, Emociones, Construtores de Montes Claros e os e-books Poemas de Puro Amor e Poemas e Crônicas. Sendo sábio conhecedor das palavras pinta poesias como um pintor tece a tela branca e a vida jorra como um manancial de cores e sons em completa harmonia. Também participa de várias Antologias Literárias regionais e nacionais. Tem vários Blogs e é Webmaster de alguns Sites...
Homem e poeta, como decifrar a mente que racional do coração inundado de ternura e inspiração? Será possível tal fato? Como separar um do outro, se é na junção que se completam?
Assim é Wanderlino Arruda, homem-poeta que vence barreiras ocupando o vazio com sua maior obra, aquela que é degrau de evolução e conscientização para quem olha o mundo com olhos que transpassam o limite do tempo, obra divina chamada vida!

Anna Peralva


Um Grande Amor
Wanderlino Arruda

Como é bom sonhar sonhos lindos,
nas horas de boas lembranças,
no tempo de ser feliz,
em momentos de alegria,
quando nem mesmo a saudade
pode indicar separação !
Como é bom te ver,
como é bom te amar e sentir
que a distância não existe !
bom é o amor que nos faz tão próximos,
que nos faz tão juntos,
e te faz tão minha !

Como é grato o amor que põe minha vida na tua
em dimensão de encanto !
Boa é a ternura,
a sensação de carinho de dois seres
vivamente enamorados !
Para um grande amor, não há fronteiras,
não há limites
no ontem, no hoje, no agora
de toda a eternidade !

Trabalho de Arte: Marilda Ternura

JANDYRA ADAMI


Jandyra Adami Neves de Carvalho nasceu na cidade de Santa Rita do Sapucaí - MG, em 04 de novembro de 1937.
Iniciou sua carreira profissional em 1957 como Auxiliar da Coletoria Federal de Lambari.
No ano de 1962 transferiu-se para Nepomuceno e posteriormente para Belo Horizonte, onde trabalhou na Cidade Industrial.
Mais tarde trabalhou na Delegacia da Receita Federal onde destacou-se como Auditora Fiscal do Tesouro Nacional, hoje, Auditora Fiscal da Receita Federal do Brasil
Além do sucesso profissional, Jandyra brilhou no Concurso Embaixatriz do Turismo realizado em Lambari, sendo vencedora; representou a cidade em Poços de Caldas, e foi finalista entre as 64 canditadas do Rio, São Paulo e Minas Gerais
Em 25/01/64, contraiu matrimônio com Antonio Neves de Carvalho, com quem teve um filho.
Nas horas livres tem como praxe a leitura, novelas e ouvir rádio; gosta das músicas dos Anos Dourados e tem como hobbie presentear amigos, anjos  sem asas que a acompanham nesta jornada chamada vida.
Poetisa, escritora, publicou 5 livros: “Rosas e Espinhos”, em 1.981, “ Passarela da Vida “ em 1.993, “ Para Todos os Momentos (1994) e Devaneios (Acalento Para Gente Grande) em 2.004. Em 2010 publicou um livro em benefício das casas carentes de sua santa terrinha:  "Palavras ao Vento"
 Em versos cantou o amor que flui puro, sentimento maior que nos faz antever os portais da eternidade, pois que olha o tempo e suas variantes, com os olhos da alma.
Livros virtuais: Momentos e Sonhos e Lembranças que podem ser lidos em Momentos- Sonhos e Lembranças- www.ebooks.avbl.com.br/biblioteca1/jandyraadami.htm
Faz parte da Academia Santarritense de Ciências e Letras, fundada em 28/09/85, da qual foi Presidente. 
Foi colunista social do jornal Vale da Eletrônica, na coluna denominada: “  Fala...Beagá...” , agora virtual.


Marilda Conceição

Amor singelo
Jandyra Adami

Vem... pega minha mão e me leva onde quiseres
Podemos caminhar pelos campos, pela estrada

Trabalho de arte: Marilda Ternura

que passa junto ao rio, pelos trilhos que nos levarão
a encontrar a felicidade .
Junto a ti sou feliz e me sinto criança...
Acaricia meu rosto com tuas mãos
Tenho saudade do teu perfume,
Do teu toque alisando meus cabelos
Numa demonstração de nosso amor puro, inocente.
Vamos sentar em qualquer cantinho e de mãos dadas
Olhar o sol, as nuvens, os pássaros que voam
felizes pela liberdade que ainda têm.
Beija-me amor. Tenho em mim a suave lembrança
Do teu beijo, o meu primeiro...
Sensação esplendorosa, um misto de alegria e prazer
Misturando-se em todo meu ser.
Fiquei a esperar-te, todo este tempo
E não quis entregar meu carinho a ninguém mais
Se te amo por que me divertir com outros rapazes?
Nosso carinho é puro. Somos almas gêmeas no amor
Corpo colado ao meu, te sinto como se fossemos uma só pessoa
Nossos corações batem juntos, numa cadência certa
do amor que sentimos um pelo outro.
A natureza nos olha e se envaidece - pois é a única testemunha
De nosso encontro, da nossa intimidade criança
Que um dia chegará, ao clímax do nosso desejo
Sabemos respeitar-nos mutuamente e na hora certa
Eu serei tua e serás meu... Quanta alegria...
Teremos toda a vida pela frente para desfrutarmos
Este belo amor que nos abençoará na terra
E nos unirá no céu...

03-janeiro-2.002

GUILHERME DE ALMEIDA

GUILHERME DE ALMEIDA
(1890 - 1969)
 
 
Guilherme de Andrade Almeida, filho do jurista Estevam de Almeida, nasceu em Campinas dia 24 de julho de 1890.
Estudou nos ginásios Culto à Ciência, de Campinas, e São Bento e Nossa Senhora do Carmo, em São Paulo; cursou a Faculdade de Direito de São Paulo, concluindo-a em 1912. Passa então a exercer, paralelamante,  advocacia e jornalismo. 
Foi redator de "O Estado de São Paulo", diretor da "Folha da Manhã" e da "Folha da Noite", fundador do "Jornal de São Paulo" e redator do "Diário de São Paulo".
Com a publicação do livro de poesias "Nós" (1917) iniciou sua carreira literária. Em 1922, participou da Semana de Arte Moderna, seu escritório serviu de redação para os fundadores da revista "Klaxon". Percorreu o Brasil, difundindo as idéias de renovação artística e literária. Os livros "Meu" e "Raça" (1925) são fiéis à temática brasileira e ao sentimento nacional.
Dominou amplamente o fazer poético, por ser grande conhecedor da ciência do verso e da língua, ajudando-o também a ser um excelente tradutor.
Dentre outros, traduziu os poetas Paul Geraldy ("Eu e Você"), Rabindranath Tagore ("O Jardineiro" e "O Gitanjali"), Charles Baudelaire ("Flores das Flores do Mar"), Sófocles ("Antígona") e Jean Paul Sartre ("Entre Quatro Paredes").
Nos poemas de "Simplicidade", publicado em 1929, retornou às suas matrizes iniciais e a perfeição formal, sem recair no Parnasianismo. Mas com senso cada vez mais clássico, como os poemas "Camoniana" (1956) e "Pequeno Cancioneiro" (1957).
 
Em 1932 participou da Revolução Constitucionista de São Paulo. Também foi heraldista, fez brasões-de-armas das seguintes cidades: São Paulo (SP), Petrópolis (RJ), Volta Redonda (RJ), Londrina (PR), Brasília (DF), Guaxupé (MG), Iacanga e Embu (SP). Compôs também um hino em Brasília, quando a cidade foi inaugurada.
Guilherme de Almeida foi membro da Academia Paulista de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, do Seminário de Estudos Galegos, de Santiago de Compostela, do Imstituto de Coimbra e da Academia Brasileira de Letras.
Em 1957 foi eleito o Príncipe dos Poetas Brasileiros e suas obras são marcadas pela construção cuidadosa dos versos.
Destacam-se A Dança da Horas (1919), Encantamento (1925), Carta à Minha Noiva (1931), Cartas ao Meu Amor (1941) e Acalento de Bartira (1954), entre outros. Seua poemas apresentam, juntamente com o lirísmo bem-composto, toques de ternura e exaltação amorosa, tornando-o muito popular entre o público feminino.
Guilherme de Almeida faleceu em 1969, em São Paulo.
 
ESSA QUE EU HEI DE AMAR...
 
Essa que eu hei de amar perdidamente um dia,
será tão loura, e clara, e vagorosa, e bela,
que eu pensarei que é o sol que vem, pela janela,
trazer luz e calor a essa alma escura e fria.
 
E quando ela passar, tudo o que eu não sentia
da vida há de acordar o coração. que vela...
E ela irá como o sol, e eu irei atrás dela
como sombra feliz... - Tudo isso eu me dizia.
 
Quando alguém me chamou. Olhei: um vulto louro,
e claro, e vagaroso. e belo, na luz de ouro
do poente , me dizia adeus, como um sol triste...
 
E falou-me de longe: "Eu ássei a teu lado,
mas ias tão perdido em teu sonho dourado,
meu pobre sonhador, que nem sequer me viste!"
 
Fontes de pesquisa:
 
 
Trabalho de Pesquisa: Eliana Ellinger (Shir)

SÉRGIO MILLIET


SÉRGIO MILLIET
(1898 - 1966)
        

Sérgio Milliet da Costa e Silva, escritor, poeta, crítico de arte, sociólogo, professor, tradutor, pintor, fez os estudos primários e secundários em São Paulo. Em 1912, vai para a Suíça. Em Genebra, inicia o curso de ciências econômicas e sociais, completando-o em Berna. Em 1916 torna-se colaborador da revista Le Carmel. Publica seus primeiros livros de poesia, Par le Sentir, em 1917, e Le Départ Sur la Pluie, em 1919.
Retorna ao Brasil em fins de 1920. Participa da Semana de 22  em São Paulo, aderindo à plataforma modernista e tornando-se defensor e incentivador das novas idéias sobre arte e literatura divulgadas pelo grupo. Volta à Europa em 1923 e fixa-se em Paris, de onde acompanha o desenvolvimento das novas teorias a respeito da arte. Colabora nas revistas brasileiras Klaxon, Terra Roxa, Ariel e Revista do Brasil, envia textos estrangeiros para publicação no Brasil e traduz poemas de modernistas brasileiros para a revista Lumière. Convive com escritores e artistas modernistas brasileiros até regressar definitivamente ao Brasil, em 1925. Nesse ano cria, com Oswald de Andrade  e Afonso Schmidt, a revista Cultura.
Em 1927, torna-se gerente do Diário Nacional, jornal paulista do Partido Democrático, fundado nesse ano. Em 1935, liga-se ao grupo de intelectuais formado por Paulo Duarte, Mário de Andrade Mário de Andrade, Rubem Borba de Morais, Tácito de Almeida, entre outros, que idealizam a criação do Departamento de Cultura da Prefeitura de São Paulo, e é nomeado chefe da Divisão de Documentação Histórica e Social desse departamento.
De 1937 a 1944, atua como professor da Escola de Sociologia e Política de São Paulo, a que é ligado desde a fundação, tendo exercido o cargo de secretário de 1933 até 1935. Conhece o antropólogo Claude Lévi-Strauss  e o auxilia a viabilizar sua expedição etnográfica. A partir de 1938, escreve regularmente artigos sobre arte e literatura para o jornal O Estado de São Paulo, iniciando um período de intensa produção na área da crítica de arte. Publica Pintores e Pintura, 1940, O Sal da Heresia, 1941, Fora de Forma, 1942, e A Marginalidade da Pintura Moderna, 1942. Estreita sua convivência com pintores paulistas e começa a pintar. Entre 1941 e 1944, colabora para a revista Clima. Viaja para os Estados Unidos em 1943 e, ao retornar, publica A Pintura Norte-Americana. Assume a direção da Biblioteca Municipal de São Paulo e promove uma série de atividades culturais, como palestras e mesas-redondas, das quais participam Luís Martins, Lourival Gomes Machado, Osório César, Roger Bastide, Luis Saia, entre outros. Em 1944, publica Pintura Quase Sempre e o primeiro volume de Diário Crítico, antologia de dez volumes publicados até 1959. Na abertura do 1º Congresso Brasileiro de Escritores, em 1945, inaugura a Seção de Arte da Biblioteca Municipal, formando o primeiro acervo público de arte moderna  brasileira, e nesse ano torna-se militante da Esquerda Democrática.
Um dos principais articuladores da formação do Museu de Arte Moderna de São Paulo - MAM/SP, criado em 1948 e aberto ao público em 1949, é membro do seu conselho no setor de pintura e escultura. Participa das reuniões que preparam a volta do Partido Socialista, em 1947. É um dos fundadores e o primeiro presidente da Associação Brasileira de Críticos de Arte - ABCA, criada em 1949. Idealiza a exposição retrospectiva de Tarsila do Amaral  no MAM/SP, em 1950, para a qual redige o texto de apresentação do catálogo. Em 1952, publica Panorama da Poesia Brasileira. É diretor artístico do MAM/SP de 1952 a 1957 e diretor da 2ª, 3ª  e 4ª Bienal Internacional de São Paulo, entre 1953 e 1958. Aposenta-se em 1959.
Em 1967 o MAM/SP organiza exposição retrospectiva de seu trabalho pictórico. Em 1981, inicia-se a reedição do Diário Crítico, cujo primeiro volume traz um célebre prefácio de Antonio Cândido (1918).
Em comemoração do centenário de nascimento de Milliet, são promovidos eventos na Biblioteca Municipal de São Paulo Mário de Andrade, no Museu da Imagem e do Som - MIS/SP e na Universidade de São Paulo - USP, em 1998.

RECORDAÇÃO
Elas entraram uma após a outra
no harém das recordações.
Gilberta dos lábios maus,
Armanda dos vícios bons,
Dulce dos seios maternais,
Teresa das angústias vãs.
Uma após outra elas entraram
na dança descompassada,
Susana em passo de valsa,
Maria quebrando o samba,
Mas a tua melodia,
Oh coração solitário,
nenhuma delas percebeu.
Foram saindo por isso
cada qual para seu lado,
Gilberta com seu marido,
Armanda pro cemitério,
Dulce descabelada
entre remorsos e ais,
Teresa com sua angústia,
Susana dizendo adeus,
Maria se requebrando
e teu coração solitário,
mais solitário ficou.
Os anos passaram, cansaste?
Qual! nas tardes de abril,
nas noites de lua cheia
o mesmo te prende
a mesma insatisfação.
Outros lábios procuras,
outros seios, outras mãos,
outros nomes se inscrevem
no medo da solidão.
Mas apenas a lista aumenta,
pois nada sedimenta
no fundo de teu coração.
Fontes de pesquisa:
Trabalho de Pesquisa: Eliana Ellinger (Shir)