Este blog tem por finalidade, homenagear consagrados poetas e escritores e, os notáveis poetas da internet.
A todos nosso carinho e admiração.

Clube de Poetas









quarta-feira, 7 de agosto de 2013

AMÓS OZ


AMÓS OZ

Amos Oz nasceu em Jerusalém, em 1939. Escritor e jornalista, publicou dezoito livros, entre romances, ensaios, críticas e poesias. Sua obras foram traduzidas para cerca de trinta idiomas. Atualmente mora em Adad, no deserto de Neguev, em Israel, dedicando-se à militância em favor da paz entre árabes e israelenses e ao ensino de literatura hebraica na Universidade Ben-Gurion.
Em 1917, seus pais, Yehuda Arieh Klausner e Fania Mussman, fugiram de Odessa, Ucrânia, para Vilnius na Lituânia e daí para o Mandato Britânico da Palestina em 1933.
Em 1954, Oz foi morar no Kibutz Hulda. Durante seu estudo de Literatura e Filosofia na Universidade Hebraica de Jerusalém, entre 1960 e 1963, publicou seus primeiros contos curtos.
Oz participou da Guerra dos Seis Dias, na Guerra do Yom Kipur e fundou na década de 70, juntamente com outros, o movimento pacifista israelense "Shalom Achshav" (Paz Agora), pela Solução de Dois Estados.
Fundador e principal representante deste movimento, é o escritor mais influente de seu país. Poucos autores escrevem com tanta compaixão e clareza sobre as agruras presentes e passadas em Israel. Em seus romances como "Conhecer uma Mulher" (1992), "Pantera no Porão" (1999) e "Meu Michel" (2002), explora a persistência do amor durante a guerra.
Em 1991 foi eleito membro da Academia de Letras Hebraicas; Em 1992, recebeu o Prêmio de Frankfurt pela Paz e também o Prêmio Israel de Literatura, o mais prestigioso do país. Em 1998 (50º aniversário da Independência de Isreal), recebeu o Prêmio Femina em França e foi indicado para o Prêmio Nobel de Literatura em 2002.







Em 2004 recebeu o Prêmio Internacional Catalunya, junto com o pacifista palestino Sari Nusssibeh, e também o Prêmio de Literatura do jornal alemão Die Welt, com sua obra "Uma História de Amor e Escuridão". Publicou cerca de duas dezenas de livros em Hebraico e mais de 450 artigos e ensaios em revistas e jornais de Israel e internacionais (muitos dos quais para o jornal do Partido Trabalhista "Davar" e, desde o encerramento deste na década de 90, para o "Yediot Achronot").
Em 2005, recebeu o prêmio Goethe, como escritor e em 2007, o Prêmio Príncipe das Astúrias Letras.







Amos Oz tem livros traduzidos por todo o mundo e quase toda sua obra se encontra traduzida para o português.


É DIFÍCIL


Abra os olhos à primeira luz. A montanha 
parece mulher robusta e tranquila 
Side dormir depois de uma noite de amor. 
Uma brisa suave, auto-satisfação, 
move o tecido de sua tenda. 
As ondas, as ondas, como uma barriga morna. Cima e para baixo. 

Com a ponta da língua encosta agora 
o oco da palma da mão esquerda, 
o ponto mais interno da palma da mão. Dá a sensação 
você está jogando um mamilo macio, duro.


Tradução: Raquel Garcia Lozano


ÚNICO


Uma flecha presa em uma curva traçada: 
ele lembra o contorno de suas coxas. 

Acho que o movimento de seus quadris em direção a ele. 
Ele contém. Sai do saco de dormir. Respirar 
os pulmões do ar com a neve. A névoa pálida, 
claro e leitoso é retirado, uma túnica fina 
na curva da montanha.

De "O mesmo mar" página. 26 


Tradução: Raquel Garcia Lozano  


Fontes de Pesquisa:



Trabalho de Pesquisa Eliana Ellinger (Shir)



ALFONSINA STORNI MARTIGNONI

 ALFONSINA STORNI MARTIGNONI   
      (1892 - 1938)
      
       
       
       
      Alfonsina Storni foi uma escritora e poetisa argentina de modernismo.
       Seus pais, donos de uma fábrica de cerveja em San Juan, foram para a Suiça em 1891, onde nasceu Alfonsina durante a estadia do casal em país europeu.
      Em 1896 voltaram para a Argentina, San Juan, junto com a filha que começou seus estudos  e desenvolveu a primeira parte de sua infância.
      No início do século XX, a família mudou-se para Rosário, onde sua mãe fundou uma escola e seu pai instalou um café perto da estação de trem Rosário Central. Alfonsina servindo como garçonete, mas, como não gostava de seu trabalho, tornou-se independente e conseguiu um amprego como atriz. Mais tarde, viajou em uma turnê de tetaro por várias províncias. 
      Trabalhou como professora em vários estabelecimentos de ensino e escreveu seus poemas e algumas peças de teatro durante este período. Sua prosa é feminista, porque buscava a igualdade entre homem e mulher, e de acordo com os críticos, tem uma originalidade que mudou o significado das letras na América Latina.
       Outros dividiram seus trabalhos em duas partes: uma romântica, com assuntos de ponto de vista erótico e sensual, mostrando a figura humana, e uma segunda fase em que a negligência o erotismo e exibe o tópico a partir de uma perspectiva mais abstrata e pensativa. A crítica literária, por sua vez, classifica em 'tardorromânticos' aos textos publicados entre os anos  de 1916 e 1925 e de ocre as características e recursos como antisoneto avant-garde.
      Suas composições também refletem doença que sofreu em parte de sua vida, exibindo o ponto final esperado, expressando-o através de dor, medo e outros sentimentos.
      Alfonsina foi diagnosticada com câncer de mama e foi operada. A pedido de um meio de comunicação, um estudo de quimioterapia, em cujo diagnóstico não foi bem sucedida.
      Com isso, sofreu depressão, provocando uma mudança radical em seu caráter, afastando os tratamentos para combate-la.
      Alfonsina, desesperada, cometeu suicídio, atirando-se em Mar del Plata. Há versões que dizem "o romance ter mergulhado no mar". Três dias antes de se suicidar,  Alfonsina envia de um hotel de Mar del Plata  para um jornal, o soneto "Voy a Dormir". Consta que suicidou-se andando para dentro do mar - o que foi poeticamente registrado na canção "Alfonsina y el Mar", gravada por Mercedes Sosa ; seu corpo foi resgatado do oceano no dia 25 de outubro de 1938. Alfonsina tinha 46 anos.Inicialmente, eu corpo estava naquela cidade, sendo transferido para Buenos Ayres. Atualmente seus restos mortais estão sepultados no cemitério de Chacarita.

      
BEM PODE SER

     
      Bem pode ser que tudo o que em meu verso hei sentido
      Não seja mais que aquilo que não pode ser.
      Não seja mais que algo vedado e reprimido
      De família em família, de mulher em mulher.

      Dizem que nos solares dos meus, sempre medido,
      Estava tudo aquilo que se tinha que fazer...
      Silenciosas dizem que as mulheres hão sido
      Em meu materno lar. Ah, sim, bem pode ser...

      Às vezes minha mãe terá sentido o anseio
      De libertar-se e logo subir o seio
      Uma funda amargura e na sombra chorou.

      É tudo de mordaz, vencido, mutilado,
      Tudo que se encontraav em sua alma guardado,
      Creio que fui eu quem libertou.

      (Tradução de José Jeronymo de Oliveira)



A SÚPLICA

      
      Senhor, Senhor, há muito tempo, um dia,
      sonhei o amor, como ninguém houvera
      inda sonhado, amor que fosse e que era
      a vida toda todo uma poesia.

      Passa o inverno e esse amor não chegaria,
      passaria também a primavera;
      o verão persistente volveria
      e o outono, ainda me encontra à sua espera.

      Ó Senhor, sobre minha espádua nua,
      faze estalar, por mão que seja crua,
      o látego que mandas aos perversos!

      Que já anoitece sobre minha vida
      e esta paixão ardente e desmentida
      eu a gastei, Senhor, fazendo versos!

      (Traduções de Osvaldo Orico)


 


Trabalho de Pesquisa: Eliana Ellinger (Shir)