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Clube de Poetas









domingo, 31 de julho de 2011

BÁRBARA HELIODORA

BÁRBARA HELIODORA
(1758 - 1819)


Bárbara Heliodora, cujo nome completo era Bárbara Heliodora Guilhermina da Silveira, teria nascido em fins de 1758 (c.), na cidade de São João del Rei, sendo seus pais o Dr. José da Silveira e Sousa e D. Maria Josefa Bueno da Cunha. Para alguns estudiosos, era descendente de uma das famílias paulistas mais ilustres: a de Amador Bueno, o Aclamado.

Alvarenga Peixoto e Bárbara Heliodora viveram juntos por algum tempo, só se casaram, por portaria do bispo de Mariana, de 22 de dezembro de 1781, quando Maria Ifigênia, filha do casal, já contava três anos de idade. Desta união nasceram quatro filhos.

A poetisa viveu entre a Vila de Campanha da Princesa e a de São Gonçalo de Sapucaí. O capitão de mar e guerra Alberto C. Rocha, no artigo publicado (sob as iniciais A.C.R.) em 11-10-1931, em A Opinião de S. Gonçalo do Sapucaí, explica as razões da decretação da demência de Bárbara: com o propósito de se livrar da ameaça de seqüestro e execução, ela "vendeu", por escritura de 27-7-1809, os bens que ainda lhe restavam ao seu filho José Eleutério de Alvarenga. Ora, tal manobra, ao que parece, prejudicava a Fazenda Real; para que fosse anulada a citada escritura, Heliodora foi declarada demente.

A produção literária de Bárbara Heliodora é bastante reduzida e controvertida. A ela são atribuídos os poemas "Conselhos a meus filhos" e um soneto dedicado a Maria Ifigênia, mas nem todos os estudiosos são unânimes nesta atribuição.

Segundo ainda Rodrigues Lapa, Bárbara não teria cultura literária, pois, caso a tivesse, não deixaria escapar de "sua meação" os livros do marido, além disso não há em suas cartas qualquer menção literária, nem mesmo pedido de livros. Para este estudioso o soneto a Maria Ifigênia é de Alvarenga Peixoto e as "Sextilhas a meus filhos", de João Evangelista de Alvarenga, como se pode ler no artigo "A história, os 'estoriadores' e o caso de Bárbara Heliodora", publicado no Suplemento Literário do Minas Gerais de 9 de agosto de 1969.


Bárbara viveu seus últimos anos na cidade sul-mineira de São Gonçalo de Sapucaí, onde mantinha propriedades com atuação na mineração eagricultura, comandadas em sociedade com seu compadre João Rodrigues de Macedo.

Na mesma cidade veio a falecer em 24 de maio de 1819, sendo sepultada na Igreja Matriz da cidade, "das grades para cima" (sic)...

A certidão de óbito ainda reza que Bárbara faleceu de tísica (tuberculose), e recebeu todos os sacramentos. Em meados da déacda de 1920, seus ossos foram trasladados para o cemitério local, e ali enterrados em vala comum, sendo que o paradeiro de seus restos mortais até hoje é considerado incerto.


SONETO


Amada filha, é já chegado o dia,
em que a luz da razão, qual tocha acesa,
vem conduzir a simples natureza:
- é hoje que o teu mundo principia.


A mão, que te gerou, teus passos guia;
despreza ofertas de uma vá beleza,
e sacrifica as honras e a riqueza
às santas leis do Filho de Maria.


Estampa na tua alma a Caridade,
que amar a Deus, amar aos semelhantes,
são eternos preceitos da Verdade.


Tudo o mais são idéias delirantes;
procura ser feliz na Eternidade,
que o mundo são brevíssimos instantes.

Fontes de Pesquisa:
http://www.antoniomiranda.com.br
http://www.pt.wikipedia.org

Trabalho de Pesquisa: Eliana Ellinger (Shir)

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