ARTUR DA TÁVOLA
(1936 - 2008)
Artur da Távola, pseudônimo de Paulo Alberto Moretzshon Monteiro de Barros, filho de Paulo de Deus Moretzsohn Monteiro de Barros e Magdalena Koff Monteiro de Barros, nasceu em 03 de janeiro de 1936, no Rio de Janeiro.
Advogado, político, escritor, poeta e jornalista brasileiro, um homem de vocação renascentista, iniciou sua vida política em 1960, no PTN, pelo estado da Guanabara. Dois anos depois, foi eleito Deputado Constituinte pelo PTB. Cassado pela ditadura militar, viveu na Bolívia e no Chile entre 1964 e 1968. Tornou-se um dos fundadores do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) e líder da bancada tucana na Assembléia Constituinte de 1988, ano em que concorreu, sem sucesso, à prefeitura do Rio de Janeiro, sendo posteriormente presidente do PSDB entre 1995 e 1997. Exerceu mandatos de Deputado Federal de 1987 a 1995 e Senador de 1995 até 2003.
Artur da Távola foi professor da Escola de Jornalismo da Fundação Gama Filho (1960); Professor Chefe de Cátedra de "Periodismo Audiovisual" na Escola de Periodismo e Comunicação do Chile -Santiago- (1966 a 1968); Vice-Diretor da Escola Superior de Propaganda e Marketing do Rio de Janeiro, ocupando a Cadeira 'Produção de Rádio e Televisão' (1974 a 1975).
Foi redator e editor em diversas revistas, notavelmente na Bloch Editores. Produtor e apresentador de música erudita com o programa "Quem tem medo de música clássica?", na TV do Senado e em várias emissoras de rádio cultural. Foi cronista regular, a partir de 1968, sucessivamente nos jornais Última Hora e O Globo, revista Fatos e Fotos e jornal O Dia.
Artur da Távola também foi Membro da Câmara Técnica do Corredor Cultural da cidade do Rio de Janeiro (1979); 1º Vice-Presidente da ABI (1980-1981); Conferencista em mais de cem oportunidades, em vários Estados, abordando os temas de Literatura, Comunicação e Política; Membro do Pen Club do Rio de Janeiro; Membro da Comitiva Oficial do Presidente da República Fernando Henrique Cardoso, em visita ao Chile em 1995, para a posse do Presidente Ricardo Lago e à Portugal em 1996; Participou da Aula Magna inaugural nas Universidades Federal Fluminense, Gama Filho, UNIRIO e SUAM (1995), PUC Porto Alegre (1999); Membro da Comitiva Oficial Brasileira que participou da 3ª Conferência Interparlamentar realizada em Aman (Jordânia) em 2000; Membro da Academia Virtual de Letras Luso-Brasileira em 2005.
Até antes de falecer, era reitor de uma universidade particular carioca e escrevia uma coluna para o jornal carioca O Dia.
Artur da Távola, merecidamente, recebeu as seguintes condecorações:
Ordem do Rio Branco, Grau de Oficial - Brasília, 20 de abril de 1994;
Ordem do Infante D. Henrique, Grau de Santa Cruz - Lisboa, 20 de julho de 1995;
Ordem de Bernardo O'Higgins - Grau de Gran Cruz - Santiago do Chile, 9 de março de 1995;
Grau do Mérito Naval - Grau de Grande Oficial - Brasília, 11 de junho de 1995;
Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro - Colar do Mérito Judiciário - Rio de Janeiro, 8 de dezembro de 1995;
Ordem do Mérito Militar - Grau de Comendador.
PERDOAR
...Aprendi outro dia que perdoar é a junção de "per" com "doar". Doar é mais fácil do que dar.Doar é a entrega total do outro. O prefixo "per" que tem várias acepções, indica movimento no sentido "de" ou em "direção a" ou "através" ou "para" etimologicamente falando, portanto, perdoar, quer dizer doar ao outro a possibilidade de que ele possa amar, possa doar-se. Não apenas quem perdoa que se "doa através do outro". Perdoar implica abrir possibilidade de amor para quem foi perdoadp, através da doação oferecida por quem foi agravado. Perdoar é a única forma de facilitar ao outro a própria salvação. Doar é mais do que dar: é a entrega total...Perdoar é doar amor, é permitir que a pessoa objeto do perdão possa também desenvolver um amor que, até então, só negara...
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ATO DE CONTRIÇÃO
Ah, como somos comedidos!
Acomodamo-nos, vãos,
nos limites do concebido.
Somos bem educados, cultos,
e ruge tanta fome
nos apetites fora do concedido.
Ah, como somos sob medida!
sub metidos, hirtos, bem vestidos,
robôs impecáveis, ilusão de vida.
Ah, somos como os subvertidos,
introvertida soma de extrovertidos
por pompa, tinta, arroto ou brilhantina.
Filhos do instante, do entanto e do porém,
somos através, como os vidros,
mas opacos e pervertidos, sempre aquém.
Traçamos sinas e abstrações,
terçamos ódio finos, dissuadidos,
lãs de olvido e alucinações.
Sovamos os sidos, os vividos,
somos eiva, disfarce, diluição.
Somos somas a subtrações.
Fontes de pesquisa:
http://pensador.uol.com.br
http://pt.wikipedia.org.br
http://www.revista.agulha.nom.br
http://www.ligia.tomachio.nom.br
Trabalho de Pesuisa: Eliana Ellinger (Shir
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