Biografia de Gonçalves de Magalhães
Gonçalves de Magalhães (1811-1887) foi um escritor, professor e político brasileiro. Destaca-se como um dos principais poetas da Primeira Geração Romântica. É considerado o introdutor do Romantismo no Brasil.
Foi o primeiro e único barão e visconde do Araguaia, foi um médico, professor, diplomata, político, poeta e ensaísta brasileiro, tendo participado de missões diplomáticas na França, Itália, Vaticano, Argentina, Uruguai e Paraguai. Embora fosse voltado para a poesia religiosa, também cultivou a poesia indianista de caráter nacionalista.
Domingos José Gonçalves de Magalhães nasceu em Niterói, no Rio de Janeiro, no dia 13 de agosto de 1811. Formou-se em Medicina, em 1832. Nesse mesmo ano, estreia na literatura com um volume de versos, intitulado "Poesias", onde revela traços neoclássicos, aliados a manifestações religiosas e patrióticas.
Em 1933, Gonçalves de Magalhães viaja para Europa com a intenção de aperfeiçoar-se na carreira. Nesse período, em contato com o romantismo francês, passa a trabalhar pela reformulação literária do Brasil. Funda a revista "Niterói", junto com Sales Torres Homem e Manuel de Araújo Porto Alegre. Em 1836, na revista, critica a literatura de seu país, tentando libertá-la das influências estrangeiras.
Suspiros Poéticos e Saudades
Em 1936, em Paris, Gonçalves de Magalhães publica "Suspiros Poéticos e Saudades", obra inaugural do Romantismo no Brasil, onde o autor introduz a liberdade formal na criação poética. É a materialização lírica de algumas ideias do autor sobre o Romantismo, encarado como possibilidade de afirmação de uma literatura nacional na medida em que destruía os artifícios neoclássicos e propunha a valorização da natureza associada ao sentimento de Deus.
A Poesia
Um Deus existe, a Natureza o atesta,
A voz do tempo sua glória entoa,
De seus prodígios se acumula o espaço
E esse Deus, que criou milhões de mundos,
Mal queira, um minuto,
Pode ainda criar mil mundos novos.
Os que nos leves ares esvoaçam,
Os que do vasto mar no fundo habitam,
Os que se arrastam sobre a dura terra,
E o homem que para o céu olhos eleva,
Todos humildes seu Autor adoram. (...)
Fonte de pesquisa
Trabalho de Pesquisa
Marilda Ternura
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