ALFONSINA STORNI MARTIGNONI
(1892 - 1938)
(1892 - 1938)
Alfonsina Storni foi uma escritora e poetisa
argentina de modernismo.
Seus pais, donos de uma fábrica de cerveja em
San Juan, foram para a Suiça em 1891, onde nasceu Alfonsina durante a estadia do
casal em país europeu.
Em 1896 voltaram para a Argentina, San Juan,
junto com a filha que começou seus estudos e desenvolveu a primeira parte de
sua infância.
No início do século XX, a família mudou-se para Rosário,
onde sua mãe fundou uma escola e seu pai instalou um café perto da estação de
trem Rosário Central. Alfonsina servindo como garçonete, mas, como não gostava
de seu trabalho, tornou-se independente e conseguiu um amprego como atriz. Mais
tarde, viajou em uma turnê de tetaro por várias províncias.
Trabalhou
como professora em vários estabelecimentos de ensino e escreveu seus poemas e
algumas peças de teatro durante este período. Sua prosa é feminista, porque
buscava a igualdade entre homem e mulher, e de acordo com os críticos, tem uma
originalidade que mudou o significado das letras na América Latina.
Outros dividiram seus trabalhos em duas partes: uma romântica, com assuntos de
ponto de vista erótico e sensual, mostrando a figura humana, e uma segunda fase
em que a negligência o erotismo e exibe o tópico a partir de uma perspectiva
mais abstrata e pensativa. A crítica literária, por sua vez, classifica em
'tardorromânticos' aos textos publicados entre os anos de 1916 e 1925 e de ocre
as características e recursos como antisoneto avant-garde.
Suas
composições também refletem doença que sofreu em parte de sua vida, exibindo o
ponto final esperado, expressando-o através de dor, medo e outros
sentimentos.
Alfonsina foi diagnosticada com câncer de mama e foi
operada. A pedido de um meio de comunicação, um estudo de quimioterapia, em cujo
diagnóstico não foi bem sucedida.
Com isso, sofreu depressão,
provocando uma mudança radical em seu caráter, afastando os tratamentos para
combate-la.
Alfonsina, desesperada, cometeu suicídio, atirando-se em
Mar del Plata. Há versões que dizem "o romance ter mergulhado no mar". Três dias
antes de se suicidar, Alfonsina envia de um hotel de Mar del Plata para um
jornal, o soneto "Voy a Dormir". Consta que suicidou-se andando para dentro do
mar - o que foi poeticamente registrado na canção "Alfonsina y el Mar", gravada
por Mercedes Sosa ; seu corpo foi resgatado do oceano no dia 25 de outubro de
1938. Alfonsina tinha 46 anos.Inicialmente, eu corpo estava naquela cidade,
sendo transferido para Buenos Ayres. Atualmente seus restos mortais estão
sepultados no cemitério de Chacarita.
BEM PODE SER
Bem pode ser que tudo o que em meu verso hei sentido
Não seja mais que aquilo que não pode ser.
Não seja mais que algo vedado e reprimido
De família em família, de mulher em mulher.
Dizem que nos solares dos meus, sempre medido,
Estava tudo aquilo que se tinha que fazer...
Silenciosas dizem que as mulheres hão sido
Em meu materno lar. Ah, sim, bem pode ser...
Às vezes minha mãe terá sentido o anseio
De libertar-se e logo subir o seio
Uma funda amargura e na sombra chorou.
É tudo de mordaz, vencido, mutilado,
Tudo que se encontraav em sua alma guardado,
Creio que fui eu quem libertou.
(Tradução de José Jeronymo de Oliveira)
Bem pode ser que tudo o que em meu verso hei sentido
Não seja mais que aquilo que não pode ser.
Não seja mais que algo vedado e reprimido
De família em família, de mulher em mulher.
Dizem que nos solares dos meus, sempre medido,
Estava tudo aquilo que se tinha que fazer...
Silenciosas dizem que as mulheres hão sido
Em meu materno lar. Ah, sim, bem pode ser...
Às vezes minha mãe terá sentido o anseio
De libertar-se e logo subir o seio
Uma funda amargura e na sombra chorou.
É tudo de mordaz, vencido, mutilado,
Tudo que se encontraav em sua alma guardado,
Creio que fui eu quem libertou.
(Tradução de José Jeronymo de Oliveira)
A SÚPLICA
Senhor, Senhor, há muito tempo, um dia,
sonhei o amor, como ninguém houvera
inda sonhado, amor que fosse e que era
a vida toda todo uma poesia.
Passa o inverno e esse amor não chegaria,
passaria também a primavera;
o verão persistente volveria
e o outono, ainda me encontra à sua espera.
Ó Senhor, sobre minha espádua nua,
faze estalar, por mão que seja crua,
o látego que mandas aos perversos!
Que já anoitece sobre minha vida
e esta paixão ardente e desmentida
eu a gastei, Senhor, fazendo versos!
(Traduções de Osvaldo Orico)
Senhor, Senhor, há muito tempo, um dia,
sonhei o amor, como ninguém houvera
inda sonhado, amor que fosse e que era
a vida toda todo uma poesia.
Passa o inverno e esse amor não chegaria,
passaria também a primavera;
o verão persistente volveria
e o outono, ainda me encontra à sua espera.
Ó Senhor, sobre minha espádua nua,
faze estalar, por mão que seja crua,
o látego que mandas aos perversos!
Que já anoitece sobre minha vida
e esta paixão ardente e desmentida
eu a gastei, Senhor, fazendo versos!
(Traduções de Osvaldo Orico)
Fontes de Pesquisa:
http://www.wikipedia.org
http://www.antoniomiranda.com.br
http://www.wikipedia.org
http://www.antoniomiranda.com.br
Trabalho de Pesquisa: Eliana Ellinger (Shir)
Nenhum comentário:
Postar um comentário