EDGAR ALLAN POE
(1809 - 1849)
Edgar Allan Poe, poeta, crítico e
contista, nasceu em Boston, representando uma tendência à parte do movimento
geral do Romantismo nos EUA, pelo fantástico, pelo misterioso, pelo macabro.
Cultivando esses temas, suas obras foram influentes no movimento romântico
transplantado da Inglaterra para a América.
Sua vida foi marcada pelo
sofrimento. Seus pais eram atores de teatro. Quando ainda criança, seu pai
abandonou a família e Edgar não ouviu mais nada sobre ele. A mãe faleceu pouco
tempo depois, vítima de tuberculose. Assim, ele e seus irmãos foram adotados por
John Allan e sua esposa Francis, prósperos negociantes em Baltimore, onde Poe
frequentou a escola primária.
Depois, estudou na Inglaterra e,
em seguida, na Universidade de Virginia (EUA), por um semestre, passando a maior
parte do tempo entre bebidas e mulheres. Nesse período, teve uma séria discussão
com seu pai adotivo e fugiu de casa para se alistar nas forças armadas, onde
serviu durante dois anos antes de ser dispensado, depois de falhar como cadete
em West Point.
Sua carreira literária começou
humildemente com a publicação de uma coleção anônima de poemas, Tamerlene
and Others Poems (1827). Daí, passou a escrever para viver e se tornou
editor de uma conceituada revista de Richmond: "O Mensageiro Literário do
Sul". Este foi um período feliz na
vida de Edgar. Casou-se com Virgínia Clemm, sua prima de 13 anos, e, pouco
depois, perdeu o emprego, passou por dificuldades financeiras, a esposa adoeceu
e, apesar de sua dedicação ao cuidar dela, veio a falecer de
tuberculose.
Edgar Allan Poe foi o mais
romântico dos principais escritores americanos. Em suas obras, ele não se
preocupava em abordar os problemas entre o bem e o mal, nem tampouco dar lições
de comportamento. Ele acreditava que, se fosse capaz de criar a beleza e tocar a
sensibilidade dos seus leitores, já era o bastante.
Os poemas mais famosos de Poe são
"O Corvo" e "Os Sinos". Alguns críticos preferm "Para Helena" e "Annabel Lee".
Poe acreditava que nada seria mais romântico que um poema sobre a morte de uma
mulher bonita.
Muitas de suas de suas obras
exploram a temática do sofrimento causado pela morte de um amante. Outra
característica de suas poesias é a musicalidade, dando impressão de que o som é
mais importante que o sentido.
Edgar Allan Poe é considerado o
"criador" do conto policial, mas seu principal mérito está na habilidade com que
montava suas histórias. Ele as planejava como um bom arquiteto planeja um
edifício, envolvendo o leitor de tal maneira que o conduz "hipnoticamente" ao
desfecho da história. Isso revela o dualismo de sua arte e personalidade: de um
lado "visionário e idealista", mergulhado em poemas de tristeza, narrativas de
horror e policiais.
Por outro lado, era um "artesão exigente", um escritor que se orgulhava de sua técnica e do romantismo com o qual criava seus escritos. É essa dualidade que o projeta como um dos mestres da literatura mundial.
Edgar Allan Poe foi um homem de
vida conturbada, dominado pelo vício do álcool e excesso de
ópio.
Faleceu aos 40 anos de idade, em
Baltimore, Maryland, nos Estados Unidos. As teorias sobre as causas de sua morte
incluem suicídio, assassinato, cólera, sífilis e ter sido capturado por agentes
eleitoriais que o teriam forçado a beber para faze-lo votar e o abandonaram, já
profundamente embriagado.
ALONE /
SÓ
Desde a infância eu tenho
sido
Diferente d'outros, tenho
visto
D'outro modo, as minhas
paixões
Tinham uma outra fonte
e
Minhas mágoas outra
origem
No mesmo mesmo tom não
despertava
O meu coração para a
alegria
O que amei, eu amei
só.
Então, na infância, a
aurora
Da vida atormentada,
estava
Em cada nicho de bem e
mal.
O mistério que me
prendia,
Da correnteza, da
fonte,
Das escarpas rubras do
monte,
Do sol que me
rodeava,
Em pleno outono
dourado,
Do relâmpago nos
céus
Quando sobre mim
passava,
Do trovão, da
toementa
E a nuvem tem a
forma
(Quando o resto do céu é
azul)
D'um demônio nos meus
olhos.
Fontes de pesquisa:
Trabalho de Pesquisa Eliana Ellinger (Shir)
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