Este blog tem por finalidade, homenagear consagrados poetas e escritores e, os notáveis poetas da internet.
A todos nosso carinho e admiração.

Clube de Poetas









domingo, 21 de agosto de 2011

EDILSON MENEZES (EDMEN)




Edmen é pseudônimo oficial usado pelo vate e formado pela junção do nome com o sobrenome. Gosta de escrever textos ou mensagens, que de alguma forma sejam de ajuda ao próximo, fazendo-o refletir sobre a existência, atos e fatos que podem modificar ou melhorar o “eu interior”, aquele facho de luz no qual se encontra a percepção para o aprendizado. Em abril de 2010 lançou seu primeiro livro cujo título é: “Eu falo de flores”, uma coletânea de poesias, contos, crônicas e reflexões. Um outro está em andamento... Edmen fala de amor com um lirismo soberbo:
“O amor no meu entender é a mais pura e a mais forte das arquipotências, por isso não amo pelo prazer de amar, mas pelo amor que existe em meu coração.”
Verdade, sinceridade e franqueza, lema de um ser sensível que acredita na amizade como um todo, seu olhar não vê o gênero, mas sim a alma amiga que caminha junto e faz a diferença nos movimentos dos momentos.

“Que eu seja a amizade sincera. Hoje, amanhã e em uma nova era;
Que eu seja a esperança de quem cansado espera;
Que eu seja sempre elevado às galáxias da poesia e
que meu coração seja um altar de amor, livre da nostalgia.”

Assim é Edmen... Poeta, escritor, sonhador apaixonado e na estesia dos seus versos, a esperança livra-nos de amarras, doa-nos asas e voamos com a magia das palavras.

Anna Peralva


Eu Tentei...
Edilson Menezes
(Edmen)


Eu tentei segurar, eu não quis que este amor saísse
do coração feito um pássaro triste no céu a voar...
Eu tentei!... Oh Deus, como eu tentei!...
Eu te amei tanto, que amor como este parecia não haver igual...
Tu foste meu devaneio, meu receio de perdição, meu bem, meu mau...
Foste o amor que um dia esteve em meu coração...
Foste meu enleio, meu devaneio e minha emoção...
Eu tentei segurar, eu não quis te perder,
Por muito te amar,
mas eu não pude este amor segurar...
Hoje, o meu único alento é te tirar
do meu pensamento e enganar o coração,
Ainda que na incerteza de te esquecer...
Eu tentei não te perder...
Eu tentei segurar as lágrimas que escorrem...
A dor que o amor em minh´alma agoniza
Hoje eu sei que não vou mais te ter...
Eis que chegou a hora deste amor morrer...
Eu tentei em vão a morte deste amor adiar...
Eu tentei segurar...
Mas o momento e à hora é agora
deste amor eu matar.

Trabalho de Arte: Marilda Ternura

YARA NAZARÉ


O Clube de Poetas hoje vem reverenciar a poesia de Yara Nazaré e, para que possamos conhecer um pouquinho desse ser especial cedo a palavra a uma amiga que assim a descreve:

Hoje é Dia de Maria
faffi


Hoje é dia de Maria
Maria mãe dedicada
Maria poetisa
Maria artista
Maria esposa, amando e sendo amada
Maria que vira criança quando se junta
com outras crianças, Porque Maria também é vovó
Maria amiga, que se doa, que ama e perdoa
e que empresta suas asas p’ra ver um amigo esvoaçar
Hoje é dia de Maria!
De Yara Maria de Nazaré,
uma Maria sem Manto, mais cheia de encantos
Yara Maria faz de tudo para ser útil e agradar
Yara Maria você é maravilhosa
Hoje me deu vontade de falar de você
em verso e em prosa
para agradecer o carinho que você sempre me dá.
Yara Maria de Nazaré
Uma Maria diferente,
uma Maria que é gente como a gente
uma Maria que sabe amar.


Yara Maria de Miranda Nazaré reside em Brasília / DF. Formada em nível de Pós-Graduação, em Pedagogia e Filosofia, atuou durante 31 anos na área da educação. Possui outros cursos como: Psicologia das Relações Sociais, Monitoria e Direção Teatral, Pintura na Técnica Óleo Sobre Tela, Desenho Com o Lado Direito do Cérebro, Webdesigner. Tem como hobby: a leitura, a dança, voleibol, música, cinema, teatro e pilotar Kart, o que sempre faz na companhia da famíia e amigos. Em 2007 recebeu troféu de Piloto Destaque, do Ferrari Kart no Autódromo Nelson Piquet, em 2010, foi vice-campeã na modalidade feminina do grupo de pilotos de Kart o Jaguar Kart Racing. Como Artista Plástica participou de várias exposições com suas telas, na técnica óleo sobre a tela. Escreve poesias e crônicas desde a adolescência, mas demorou em jogá-las ao mundo... Criou uma Home Page, fruto do curso feito em 2002, o http://yaranazare.com onde abriga seus escritos e o de amigos, um cantinho especial cheio de lirismo e emoção.
É membro da AVBL – Academia Virtual Brasileira de Letras e tem poesias divulgadas em vários sites na Internet. Yara é católica praticante e sua grande fé no Criador das criaturas a torna consciente do seu plantio nessa viagem terrena. É emotiva, sincera, alegre e prima pela transparência e por manter as amizades conquistadas. E assim, sem véus, mas cheia de graça e encantos com a esperança plantada no tempo, ela navega em mar sereno. Na calmaria do vento segura firme o leme da embarcação, pois sabe que navegar é preciso!

Anna Peralva


MUNDO DE ENCANTOS
Yara Nazaré - 28/10/02


Ah...
Se só de encantos o Mundo fosse...
Sem estradas tortuosas
Sem desditas e medo algum.


Todo o sofrimento exorcizado
Da vida de cada um.
Nos semblantes somente sorrisos
Das lágrimas... o esquecimento.


Dos pássaros a leveza do voar.
Dos respingos das fontes,
sorvendo aspejos de ternura
Para dos raios do Sol, retirar...
A excelência dos sentimentos!


Do ar...
Sentindo o cheiro do mar
Saboreando do toque das ondas,
A delícia do afago e das carícias
Para somente a bondade espalhar.


Do colo de DEUS, o acalanto
E dos jardins...
Um "bouquet" suave de carinhos.
E alegria a predominar.
Retirando do infinito do Universo...
Todo o espaço para amar!


Trabalho de Arte: Marilda Ternura

BERNARDO GUIMARÃES


BERNARDO GUIMARÃES
(1825 - 1884)

Bernardo Joaquim da Silva Guimarães, nasceu em Ouro Preto, Minas Gerais, em 15 de agosto de 1825. Filho de João Joaquim da Silva Guimarães e Constança Beatriz de Oliveira, foi magistrado, jornalista, professor, romancista e poeta. É o patrono da Cadeira nº 5 da "Academia Brasileira de Letras", por escolha de Raimundo Correia.

Dos seus quatro anos, até um momento da adolescência, viveu em Uberaba e Campo Belo, impregnando-se das paisagens que descreveria com predileção nos seus romances. Antes dos 17 anos, estava de volta a Ouro Preto, onde terminou os preparatórios, matriculando-se tardiamente, em 1847, na Faculdade de Direito de São Paulo, onde se tornou amigo íntimo e inseparável de Álvares de Azevedo e Aureliano Lessa, com os quais chegou a projetar a publicação de uma obra que se chamaria Três Liras. Fundaram os três, com outros estudantes, a "Sociedade Epicuréia", a que se atribuíram "coisas fantásticas", que ganharam fama no meio paulistano. Sempre mau estudante, se bacharelou em 2ª época no começo de 1852, depois de um quinquênio ruidoso de troças, patuscadas, orgias e irreverência. Já então o distinguiam pela sua indisciplina, pelas alternativas de bom humor e melancolia, pelo coração bondoso e completa generosidade. Juiz Municipal de Catalão, Província de Goiás, em 1852-1854 e 1861-1863, foi, de permeio, jornalista no Rio, de 1858 a 1860 ou 61.

Magistrado descuidado e humano, promoveu no segundo período de judicatura um júri sumário para libertar os presos, pessimamente instalados e, intervindo motivos de conflito com o presidente da província, sofreu processo, do qual saiu triunfante. Depois de nova estadia no Rio, fixou-se a partir de 1866 na cidade natal e foi nomeado professor de retórica e poética no Liceu Mineiro. Casou-se no ano seguinte com Teresa Maria Gomes, tendo posteriormente, oito filhos. Uma das duas filhas foi Constança, falecida aos 17 anos, quando noiva de seu primo, o poeta Alphonsus de Guimaraens, que a imortalizou na literatura como a que "se morreu fulgente e fria".

Em 1873, foi nomeado professor de latim e francês em Queluz, atual Lafayette, onde morou uns poucos anos. Também esta cadeira foi extinta, e Basílio de Magalhães sugere que o motivo deve ter sido, em ambos os casos, ineficácia e pouca assiduidade do poeta. Em 1875 publicou o romance que melhor o situaria na campanha abolicionista e viria a ser a mais popular das suas obras: "A Escrava Isaura". Dedicando-se inteiramente à literatura, escreveu ainda quatro romances e mais duas coletâneas de versos. A visita de Dom Pedro II à Minas Gerais, em 1881, deu motivo a que o Imperador prestasse expressiva homenagem a Bernardo Guimarães, a quem admirava. Voltando a Ouro Preto, ali viveu até a morte, em 10 de março de 1884.

Embora tenha começado a escrever ficção nos fins do decênio de 50, e tenha feito poesias até os últimos anos, como qualidade a sua melhor produção poética vai até o decênio de 1860 e a partir daí, realiza-se de preferência na ficção. Estreando com os "Cantos da Solidão" em 1852, reúne-os com outros em 1865 nas Poesias. De 1866 é a publicação parcelada d'O Ermitão do Muquém (posto em livro em 69, mas redigido em 58), seguido por Lendas e Romances, 1871; O Garimpeiro, 1872; Lendas e Tradições da Província de Minas Gerais (incluindo A Filha do Fazendeiro) e O Seminarista, 1872; O Indio Afonso, 1873; Maurício, 1877; A Ilha Maldita e O Pão de Ouro, 1879; Rosaura, a Enjeitada, 1883. Publicara mais duas coletâneas de versos: Novas Poesias, 1876, e Folhas de Outono, 1883. Postumamente surgiram o romance O Bandido do Rio das Mortes, 1904, e o drama A Voz do Pajé, 1914. Deve-se registrar além disso, uma saborosa produção de poesia obscena, cuja maioria se teria perdido, sendo algumas recolhidas em folheto.


SE EU DE TI ME ESQUECER

Se eu de ti me esquecer, nem mais um riso
Possam meus tristes lábios desprender;
Para sempre abandone-me a esperança,
Se eu de ti me esquecer.

Neguem-me auras o ar, neguem-me os bosques
Sombra amiga, em que possa adormecer,
Não tenham para mim murmúrio as águas,
Se eu de ti me esquecer.

Em minhas mãos em áspide se mude
No mesmo instante a flor, que eu for colher;
Em fel a fonte, a que chegar meus lábios,
Se eu de ti me esquecer.

Em meu peregrinar jamais encontre
Pobre albergue, onde possa me acolher;
De plaga em plaga, foragido vague,
Se eu de ti me esquecer.

Qual sombra de precito entre os viventes
Passe os míseros dias a gemer,
E em meus martírios me escarneça o mundo,
Se eu de ti me esquecer.

Se eu de ti me esquecer, nem uma lágrima
Caia sobre o sepulcro, em que eu jazer;
Por todos esquecido viva e morra,
Se eu de ti me esquecer.

Fontes de pesquisa:

www.itaucultural.org.br
www.revista.agulha.nom.br
http://pensador.uol.com.br/frase/NTUxNDQ1/

Trabalho de Pesquisa Eliana Ellinger (Shir)

YDE SCHLONBACH BLUMENSCHEIN


YDE SCHLONBACH BLUMENSCHEIN
(1882 - 1963)

Yde (Adelaide) Schlonbach Blumenschein, nasceu na cidade de São Paulo em 26 de maio de 1882, vindo a falecer na madrugada do dia 14 de março de 1963, vítima de um colapso cardíaco. Filha de Otto Schloenbach e de Adelaide Augusta Dorison, Yde fez parte de seus estudos na Alemanha. Poliglota, falava alemão, francês, inglês, espanhol e italiano. Estudou piano e canto. Poeta e cronista, ela começou a escrever aos 13 anos de idade, tendo seus primeiros poemas publicados em A Tribuna, de Santos. Colaborou em revistas e jornais como O Malho, Fon-Fon, Careta e Jornal das Moças, tendo se utilizado muitas vezes dos pseudônimos de Colombina e Paula Brasil.

Casou-se com Hanery Blumenschein com quem teve dois filhos. Mais tarde, desquitou-se, provocando um escândalo. Descrita pelas sobrinhas-netas como uma mulher elegante, esguia e pequena em que sobressaíam os olhos azuis, Yde foi vítima de críticas veementes por parte de amigos e familiares que não aceitavam seu modo independente de ser. Mulher emancipada para sua época, vivia sozinha, fumava, frequentava meios literários e organizava serões em sua casa.

Sempre cercada de literatos, em 1932, teve a idéia de fundar a Casa do Poeta Lampião de Gás. À princípio funcionando em sua residência e em 7 de novembro de 1948, a casa foi oficialmente criada. No caso, a escolha do nome foi uma homenagem dos intelectuais que a frequentavam à sua idealizadora o nome é o título de um de seus livros. Yde foi uma de suas diretoras, tornando-se a responsável pela edição de seu jornal mensal O Fanal.

Quanto à sua poesia, o amor é o lenitivo que perpassa pela grande maioria de seus versos. No caso das trovas, preponderam versos que tratam do amor de forma mais inocente. Todavia, em outros poemas, a forma como rompe com as convenções burguesas ao falar dos desejos carnais provocou a crítica impiedosa por parte de muitos amigos e familiares. Um processo que eclode com o lançamento de seu último livro, Rapsódia Rubra: Poemas à Carne - livro composto de poemas eróticos.

Para comemorar seu jubileu de poesia, o Clube dos Artistas e Amigos organizou uma festa em 25 de junho de 1955, data em que Yde recebeu uma menção da Assembléia Legislativa de São Paulo, tendo sido mais tarde homenageada com o nome de uma rua – Rua Poética Colombina, no Butantan. Patrona da cadeira número 37 da Academia Literária Feminina do Rio Grande do Sul, ao longo da vida Yde recebeu cognomes como "Cigarra do Planalto" e "Poetisa do Amor".

Verbete organizado
por:
Katia Bezerra

Saudade

A saudade é uma andorinha,
mas uma andorinha estranha:
quando, num peito se aninha,
as outras não acompanha…
Saudade – coisa que a gente
não explica nem traduz;
faz do passado, presente,
e traz sombras, sendo luz…
Saudade – febre que a gente
sem querer, pode apanhar,
nunca mata de repente,
vai matando, devagar…
Saudade – a princípio é pena
que nos deixa uma partida;
depois é dor que condena
a morrer dentro da vida…
se é triste sentir saudade,
muita saudade de alguém,
maior infelicidade
é não tê-la de ninguém.

Fontes de pesquisa:

http://www.antoniomiranda.com.br
http://www.amulhernaliteratura.ufsc.br

Trabalho de Pesquisa: Eliana Ellinger (Shir)

GABRIELA MISTRAL


GABRIELA MISTRAL
(1889 - 1957)

Gabriela Mistral, pseudônimo escolhido de Lucila de María del Perpetuo Socorro Godoy Alcayaga, foi uma poetisa, educadora, diplomata e feminista chilena, agraciada com o Nobel de Literatura de 1945.

Os temas centrais nos seus poemas são o amor, o amor de mãe, memórias pessoais dolorosas e mágoa e recuperação.

Lucila nasceu na cidade de Vicuña, Chile, em 7 de abril de 1889. Seu pai abandonou a família quando Lucila completou três anos de idade. A mãe de Lucila faleceu no ano de 1929 e a escritora lhe dedicou a primeira parte de seu livro Tala, a que chamou: Muerte de mi Madre. Educada em sua cidade natal, começou a trabalhar como professora primária (1904) e ganhou renome ao vencer os Juegos Florales de Santiago (1914) com Sonetos de La Muerte, sob o pseudônimo de Gabriela Mistral, cuja escolha deu-se em homenagem aos seus poetas prediletos: o italiano Gabriele D'Annunzio e o provençal Frédéric Mistral.

Em 1922 é convidada pelo Ministério da Educação do México a trabalhar nos planos de reforma educacional daquele país. O Prêmio Nobel transformou-a em figura de destaque na literatura internacional e a levou a viajar por todo o mundo e representar seu país em comissões culturais das Nações Unidas, até falecer em Hempstead, Estado de Nova Iorque, Estados Unidos.

A notoriedade a obrigou a abandonar o ensino para desempenhar diversos cargos diplomáticos na Europa. Tida como um exemplo de honestidade moral e intelectual e movida por um profundo sentimento religioso, a tragédia do suicídio do noivo (1907) marcou toda a sua poesia com um forte sentimento de carinho maternal, principalmente nos seus poemas em relação às crianças. Em sua obra aparecem como temas recorrentes: o amor pelos humildes, um interesse mais amplo por toda a humanidade.

DÁ-ME TUA MÃO


Dá-me tua mão, e dançaremos;
dá-me tua mão e me amarás.
Como uma só flor nós seremos,
como uma flora, e nada mais.

O mesmo verso cantaremos,
no mesmo passo bailarás.
Como uma espiga ondularemos,
como uma espiga, e nada mais.

Chamas-te Rosa e eu Esperança;
Porém teu nome esquecerás,
Porque seremos uma dança
sobre a colina, e nada mais.

(*Poesia traduzida por Ruth Sylvia de Miranda Salles*)

Fontes de Pesquisa:
http://www.antoniomiranda.com.br
www.pt.wikipedia.org

Trabalho de Pesquisa: Eliana Ellinger (Shir)