Este blog tem por finalidade, homenagear consagrados poetas e escritores e, os notáveis poetas da internet.
A todos nosso carinho e admiração.

Clube de Poetas









domingo, 13 de maio de 2018

Jorge Matheos de Lima


Jorge Matheos de Lima 

(1893-1953)


Poeta brasileiro modernismo nascido em em União dos Palmares, Alagoas,  no dia 23 de abril de 1893, Jorge de Lima ficou conhecido como “príncipe dos poetas alagoanos”. Grande destaque da segunda geração modernista no Brasil, além de poemas, ele escreveu romances, peças de teatro e ensaios.
Filho de senhor de engenho, mudou-se para Maceió, em 1902. Estudou no Colégio Diocesano de Alagoas. Com apenas 17 anos, escreveu o poema "Acendedor de Lampiões". Estudou Medicina no Rio de Janeiro. Em 1914 publicou "XIV Versos Alexandrinos", que foi sua estreia no mundo literário. Em 1919, retornou a Maceió, onde exerceu a profissão e dedicou-se à política.
A carreira poética de Jorge de Lima foi múltipla, iniciou-se no Movimento Parnasiano, e no final da década de 20 acercou-se de técnicas do Modernismo, em especial do verso livre. Reuniu as várias fases em seu poema, a epopeia barroco-surrealista "Invenção de Orfeu".
Jorge de Lima sintonizava-se com as proposições "regionalistas" de alguns intelectuais nordestinos, chefiados por Gilberto Freyre, daí a fase nordestina do poeta, caracterizada por uma produção literária focada na realidade existencial, cultural e histórica do povo do Nordeste. A valorização do misticismo nordestino o aproximou do catolicismo. Publica a biografia "Anchieta", "O Anjo" e "Tempos de Eternidade". O autor explora também a cultura negra, em seus ritos e costumes.
Se dedicou também às artes plásticas (pintura de telas, fotomontagens e colagens) como autodidata, participando de algumas exposições.
Seu trabalho como artista plástico esteve relacionado com a vanguarda artística do surrealismo, o qual se aproximou do universo onírico.

Fotomontagem de Jorge de Lima. Imagem do livro "A Pintura em Pânico" (1943)

A partir de 1930 mudou-se para o Rio de Janeiro. Ali, trabalhou como médico e professor de Literatura. Em 1935 foi eleito governador do Estado. Mais tarde, tornou-se presidente da Câmara no Rio de Janeiro.
Em 1940 recebeu o “Grande Prêmio de Poesia”, concedido pela Academia Brasileira de Letras (ABL).
Jorge Matheos de Lima faleceu no Rio de Janeiro, no dia 15 de novembro de 1953.

Mulher proletária

Mulher proletária — única fábrica
que o operário tem, (fabrica filhos)
tu
na tua superprodução de máquina humana
forneces anjos para o Senhor Jesus,
forneces braços para o senhor burguês.

Mulher proletária,
o operário, teu proprietário
há de ver, há de ver:
a tua produção,
a tua superprodução,
ao contrário das máquinas burguesas
salvar o teu proprietário.


Fontes e Pesquisa 
Trabalho de pesquisa Marilda Ternura

domingo, 14 de janeiro de 2018

DIA MUNDIAL DO COMPOSITOR-HOMENAGEM A CARTOLA



 (1908-1980) 





Cartola (1908-1980) foi cantor e compositor brasileiro. "As Rosas Não Falam", música e letra de sua autoria, um clássico do samba, foi escrita quando cartola tinha 67 anos.

Cartola, Angenor de Oliveira, (1908-1980) nasceu no Rio de Janeiro, no bairro do Catete no dia 11 de outubro de 1908. Passou sua infância no bairro de Laranjeiras. Só estudou o curso primário. Mudou-se para o Morro da Mangueira, onde começou a frequentar a vida boêmia e as rodas de samba. Tocava violão e cavaquinho.

Com quinze anos trabalhou como tipógrafo e pedreiro. Durante esse período usava um chapéu, o que lhe valeu o apelido de Cartola. Em 1926, com dezoito anos foi expulso de casa, pelo pai, indo morar sozinho num barraco e depois foi viver com Deolinda.

Cartola foi um dos fundadores da escola de samba Estação Primeira de Mangueira, tendo sugerido o nome da escola e as cores, verde e rosa. O primeiro samba da escola é de sua autoria "Chega de Demanda". Foi no morro da Mangueira que conheceu Carlos Cachaça, seu parceiro em vários sambas. Na década de 30, Carmem Miranda, Sílvio Caldas, Araci de Almeida e Francisco Alves, foram grandes interpretes de suas músicas.

É impossível falar de samba sem falar em Cartola. Autor de sambas inesquecíveis como "As Rosas não Falam", "O Mundo é um Moinho", "O Sol Nascente", "Luz Negra" e "Rugas". Com a morte de Deolinda, Cartola deixa o morro da Mangueira e se afasta do meio musical. Passa sete anos vivendo como lavador de carro e vigia.

Em 1956, resgatado pelo jornalista Sérgio Porto, Cartola volta a compor. Encontra Dona Zica e juntos abrem um restaurante Zicartola, que foi um dos mais importantes pontos de encontro entre o samba tradicional e a música que despontava na Zona Sul do Rio. Quem passasse pelo restaurante podia ouvir Tom Jobim ao violão. Zé Kéti, Nelson Cavaquinho, Ismael Silva, Clementina de Jesus, entre outros.

As composições de Cartola voltam a ser gravadas. Nara Leão lança "O Sol Nascerá" (1964), Elizeth Cardoso grava "Sim na Copacabana" (1965). Em 1968 classificava "Tive, Sim", na Bienal do Samba, realizada em São Paulo. Depois de alguns anos o Zicartola fechou as portas. Juntos, Cartola e Zica voltaram a sua vida comum. Em 1970 cartola foi convidado como anfitrião de um show semanal no prédio da extinta União Nacional dos Estudantes, no Flamengo e o nome do espetáculo mostrava a importância do sambista: "Canta Cartola".

Angenor de Oliveira morreu no Rio de Janeiro, no dia 30 de novembro de 1980.






Cartola - As Rosas Não Falam

Bate outra vez
Com esperanças o meu coração
Pois já vai terminando o verão
Enfim

Volto ao jardim
Com a certeza que devo chorar
Pois bem sei que não queres voltar
Para mim

Queixo-me às rosas
Mas que bobagem
As rosas não falam
Simplesmente as rosas exalam
O perfume que roubam de ti, ai

Devias vir
Para ver os meus olhos tristonhos
E, quem sabe, sonhavas meus sonhos
Por fim



Fontes de Pesquisa:
https://www.ebiografia.com/cartola/

http://www.suasletras.com/letra/Cartola/As-Rosas-Nao-Falam/20564



Trabalho de Pesquisa Anna Peralva
Arte: Marilda Ternura
Imagens da Internet