Jorge Matheos de Lima
(1893-1953)
Poeta
brasileiro modernismo nascido em em União dos Palmares, Alagoas, no dia 23 de
abril de 1893, Jorge de Lima ficou conhecido como “príncipe dos poetas
alagoanos”. Grande destaque da segunda geração modernista no Brasil, além de
poemas, ele escreveu romances, peças de teatro e ensaios.
Filho
de senhor de engenho, mudou-se para Maceió, em 1902. Estudou no Colégio
Diocesano de Alagoas. Com apenas 17 anos, escreveu o poema "Acendedor de
Lampiões". Estudou Medicina no Rio de Janeiro. Em 1914 publicou "XIV Versos
Alexandrinos", que foi sua estreia no mundo literário. Em 1919, retornou a
Maceió, onde exerceu a profissão e dedicou-se à política.
A
carreira poética de Jorge de Lima foi múltipla, iniciou-se no Movimento
Parnasiano, e no final da década de 20 acercou-se de técnicas do Modernismo, em
especial do verso livre. Reuniu as várias fases em seu poema, a epopeia
barroco-surrealista "Invenção de Orfeu".
Jorge
de Lima sintonizava-se com as proposições "regionalistas" de alguns intelectuais
nordestinos, chefiados por Gilberto Freyre, daí a fase nordestina do poeta,
caracterizada por uma produção literária focada na realidade existencial,
cultural e histórica do povo do Nordeste. A valorização do misticismo nordestino
o aproximou do catolicismo. Publica a biografia "Anchieta", "O Anjo" e "Tempos
de Eternidade". O autor explora também a cultura negra, em seus ritos e
costumes.
Se
dedicou também às artes plásticas (pintura de telas, fotomontagens e colagens)
como autodidata, participando de algumas exposições.
Seu
trabalho como artista plástico esteve relacionado com a vanguarda artística
do surrealismo, o qual se
aproximou do universo onírico.
Fotomontagem
de Jorge de Lima. Imagem do livro "A Pintura
em Pânico" (1943)
A
partir de 1930 mudou-se para o Rio de Janeiro. Ali, trabalhou como médico e
professor de Literatura. Em 1935 foi eleito governador do Estado. Mais tarde,
tornou-se presidente da Câmara no Rio de Janeiro.
Em
1940 recebeu o “Grande Prêmio de Poesia”, concedido pela Academia Brasileira de
Letras (ABL).
Jorge
Matheos de Lima faleceu no Rio de Janeiro, no dia 15 de novembro de 1953.
Mulher proletária
Mulher
proletária — única fábrica
que o operário tem,
(fabrica filhos)
tu
na tua superprodução
de máquina humana
forneces anjos para
o Senhor Jesus,
forneces braços para
o senhor burguês.
Mulher
proletária,
o
operário, teu proprietário
há de ver, há de
ver:
a tua
produção,
a tua
superprodução,
ao
contrário das máquinas burguesas
salvar o teu
proprietário.
Fontes e Pesquisa
Trabalho de pesquisa Marilda Ternura
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