Este blog tem por finalidade, homenagear consagrados poetas e escritores e, os notáveis poetas da internet.
A todos nosso carinho e admiração.

Clube de Poetas









quinta-feira, 30 de abril de 2015

ANTONIO FRANCISCO DA COSTA E SILVA


DA COSTA E SILVA
( 1885 - 1950)
 
 
Antônio Francisco da Costa e Silva, poeta brasileiro, é o autor do hino do Estado em que nasceu,  Piauí (Cidade de Amarante). Formou-se pela Faculdade de Direito do Recife. Foi funcionário do Ministério da Fazenda, tendo ocupado os cargos de Delegado do Tesouro no Maranhão, no Amazonas, no Rio Grande do Sul e em São Paulo. Viveu não só na capital desses Estados, mas também, por mais de uma vez, em Belo Horizonte e no Rio de Janeiro.
Exerceu função pública na Presidência da República do Brasil, entre 1931 e 1945, a pedido do então presidente Getúlio Vargas.
Começou a compor versos por volta de 1896, tendo seus primeiros poemas publicados em 1901. Pertenceu à Academia Piauiense de letras, Cadeira 21, cujo patrono é o padre Leopoldo Damasceno Ferreira.
 
             


Antônio Francisco da Costa e Silva foi um grande poeta que conquistou diferentes pessoas com seu jeito harmonioso de ser. Sua extraordinária obra oscilou entre o parnasianismo e o simbolismo, mas sempre com um estilo próprio inconfundível.
Recolheu-se ao silêncio, demente, em 1933 e veio a falecer em 29 de junho de 1950.
 

IN TENEBRIS
 
Cego, tateio em vão, num caminho indeciso...
Que é feito desse amor que tanto me entristece,
Que nasceu de um olhar, germinou num sorriso,
Que viveu num segredo e morreu numa prece?!
 
É um mistério talvez; desvenda-lo preciso.
A alma sincera e justa - odeia, não esquece...
Si essa a quem tanto quiz hoje me não conhece.
Morra a ventura vã que debalde idealiso.
 
Ai! desse amor nasceu a dor que me subjuga:
A dor me fez verter a lágrima primeira,
E a lágrima, a brilhar, cava a primeira ruga...
 
Atra desilusão crava-me a garra adunca.
Cego de amor, em vão tateio a vida inteira,
Buscando o amor feliz e esse amor não vem nunca.
 
 

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SAUDADE

 
Saudade! Olhar de minha mãe rezando,
E o pranto lento deslizando em fio...
Saudade! Amor da minha terra...O rio.
Cantigas de águas claras soluçando.
 
Noites de junho...O caburá com frio
Ao luar, sobre o arvoredo, piando, piando...
E, ao vento, as folhas lívidas cantando
A saudade imortal de um sol de estio.
 
Saudade! Asa de dor do pensamento!
Gemidos vãos de canaviais ao vento...
As mortalhas de névoa sobre a serra...
 
Saudade! O Parnaíba - velho monge
As barbas brancas alongando...E, ao longe,
O mugido dos bois da minha terra...
 

 
Eliana (Shir) Ellinger

 
Fontes de pesquisa:
 
 

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