Este blog tem por finalidade, homenagear consagrados poetas e escritores e, os notáveis poetas da internet.
A todos nosso carinho e admiração.

Clube de Poetas









segunda-feira, 13 de outubro de 2014

JOSÉ GODOY GARCIA



JOSÉ GODOY GARCIA
(1918 - 2001)
 
 
José Godoy Garcia, filho de Pedro Garcia de Freitas e Aladina Godoy Garcia, nasceu em Jataí, Goiás. Órfão ainda na infância, foi criado, com os outros cinco irmãos, pela avó Maria Rita Guimarães. 
Estudou as primeiras letras com o professor Nestório Ribeiro  em sua cidade natal, depois em Uberlândia (MG), Cidade de Goiás (GO) e Goiânia (GO), onde concluiu o Clássico e o curso de Direito (1948). Teve diversos empregos antes de se formar em Direito, tais como de garçom, lanterninha de cinema, agente de polícia e de publicidade.
Nesta fase, ou um pouco depois, teria convivido com o Príncipe da Poesia Goiana e Introdutor da Corrente Modernista na Poesia de Goiás, Cyllenêo (Leo Lynce).
Passou três anos no Rio de Janeiro (de 1937 até início de 1941), onde manteve contato com modernistas, principalmente Lúcio Cardoso, Rubem Braga e Solano Trindade.

Participou, como assessor jurídico, da Comissão Goiana para Mudança da Capital Federal, presidida por Altamiro de Moura Pacheco e criada pelo governador José Ludovico de Almeida.




Marxista por convicção, militante da esquerda pelo Partido Comunista, poeta realista de uma naturalidade exuberante. Seu primeiro livro de poemas, Rio do Sono, publicado em 1937, é detentor do Prêmio Bolsa de Publicações Hugo de Carvalho Ramos.
Seguiram-se, Caminho de Trombas, 1966, Araguaia Mansidão (1972), Aqui é a Terra (1980), Entre Hinos e Bandeiras (1985), Os Morcegos (1987), Os Dinossauros dos Sete Mares (1988), Florismundo Periquito (1990), contos, novelas, que ele revisava na ocasião de sua morte com o fito de dar continuidade à publicação das obras completas; O Flautista e o Mundo Sol Verde e Vermelho (1994), Aprendiz de Feiticeiro (1997). Para ele, a poesia é tudo que o pássaro pensa da chuva.



 Três anos antes de seu falecimento, auxiliado pelos amigos Herondes Cezar e Salomão de Sousa, organizou e publicou , em 1999, o livro Poesia que ele considerava o compêndio definitivo de sua produção poética.



ESTIVE PENSANDO HOJE DE MANHàEstive pensando hoje de manhã,que fino trabalho fez o céu?Para amanhecer com cara de romã?Estive pensando hoje de manhã,onde será que nascem os ventos?Para viverem assim de déu em déu?Que nuvem é como pensamento,sai andando sem poder parar.Estive pensando hoje de manhã,que tudo na terra vive amando:mar, nuvem, vento, idéia, romã.

SER O CORPO DE UMA NUVEM 1.Ser o corpo de uma nuvemé o memso que mulher andar na tarde,é a estrada estar para ser usada,é a mulher como uma vaca vista pelogrande touro vingador- nuvem imóvel andando semoventena acrista do azul da tarde. 2.Uma nuvem é a aperente indeferençadas coisas do mundo pela sua dore quando ela passa a mãe e nem o negroa viram - andavam em si mesmos levandoandavam com suas vidas levandoa dor e as alegrias;a moça que olhava a estrada tinha ferido seu ventrefazia quatro noites;o velho Miquéiascosturou sua língua para não falar o que sabiadiante dos abrutres que o ouviam. 3.Uma nuvem é o comodismo dos animais.É a pedra que aparentemente não clama nem ajuda.É a montanha que presa à sua solidãonada ve do homem, é cheia de solidariedade, mutante.Uma nuvem é a solidão de cada um;um trecho da infância de cada um. ** ** ** Eliana (Shir) Ellinger Fontes de pesquisa:www.pt.wikipedia.orgwww.antoniomiranda.com.br 

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