Seu nome vem do latim e
tem como significado "o grande orador". É emotivo e muito ligado à família, tem
muita energia e precisa manter mãos e cabeça sempre ocupadas com alguma coisa.
Nas relações de amor ou de amizade se doa de forma plena, mas quando se machuca,
recolhe-se ao seu eu interior para curar feridas e alçar novos voos, sem mágoas
ou ressentimentos volta a sonhar. Sonhos arados com a certeza de que tudo que é
bem cultivado floresce e a colheita será farta. Assim é Marcos Sergio T. Lopes,
viajante do tempo nascido em Urânia (SP) e residente em Rio Claro, seu berço
paulista. Trabalhou na área de Telecomunicações como instalador de telefones e
por garra e esforço conquistou a cargo de Coordenador de Escritório de Serviços
como Gerente de Setor.Tem certa bagagem em Teatro Amador, onde atuou por dez
anos em rádio, o que lhe deu suporte para as belas narrações, onde as palavras
ganham tons que o poeta em sentimento as escreveu. Homem simples, sensível,
objetivo e metódico, sempre batalhou muito para alcançar os objetivos traçados
na vida, esta viagem temporária onde estamos para aprender, ensinar,
compartilhar, fortalecer o corpo e burilar a alma, tendo o livre arbítrio como
forma de escolha para nossos atos e a consciência sempre apontando o lado certo
por onde navegar, pois que navegar é a forma de aprendizagem na qual o homem
evolui como ser humano e sente as dores do mundo, Marcos com sua sensibilidade
aguçada tem em si o todo, não partes ou fragmentos do que ocorre à sua volta...
Como poeta traz coração de portas e janelas abertas, sentimento fluindo em
emoções que alcançam nossas almas, arrepio na pele, encontro perfeito entre o
poeta e o leitor, que sente a poesia escrita, como se sua fosse. E numa contagem
regressiva, ele vai alinhavando com sinceridade e inspiração o tempo que
passa... Como alquimista que é, tem poder de reunir todos os tempos num só:
-POESIA!
Anna
Peralva
“CONTAGEM
REGRESSIVA”
Marcos Sergio T. Lopes
Nesse tempo que passa
Me
arrasta...
Numa rasteira que rechaça.
Morde minha pele
Deixando marcas
profundas
Sinais impregnados por esse
Que ri do meu porvir a
fugir.
Fica essa contagem ingrata
Tão sem graça!
Atazanando cada
momento meu.
A cada olhada no espelho
Uma surpresa irritante
Nos sinais
a crescer.
Morde o canto dos olhos
Afunda os lábios
Na flacidez que se
faz
No fulgor partindo
Levando a plenitude
Deixando o
cansaço.
Molesta-me esse acesso
Carregado, agora, de passos lentos
Nas
lembranças que se aglomeram
Na nostalgia que se agiganta.
Abro a janela do
meu quarto
Sinto a brisa trazendo a noticia
O arrepio do abraço frio
Na
certeza de mais um dia
Perdendo na conta de tantos perdidos.
Quantos
mais?
A pergunta bruta me assusta.
Será uma surpresa...
Algo me
diz.
Numa despedida cálida
Num adeus cambaleante
Na partida...
Mesmo
a contragosto.
Abandono do porto
Para atracar no desconhecido
Onde não
saberei mais.
04/12/2010
Trabalho de arte: Marilda Ternura
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