domingo, 18 de setembro de 2011
JOÃO COELHO DOS SANTOS
É com admiração e respeito que O Clube de Poetas reverencia a poesia de João Coelho dos Santos, poeta português nascido em Lourosa, Santa Maria da Feira.
Com a perda da mãe, ainda menino, fixou residência em Lisboa tendo estudado no Colégio “O Académico”, no Liceu Camões e na Faculdade de Direito de Lisboa.
Faz parte de diversas Associações Poéticas e Culturais e membro de “Os Confrades da Poesia”.
Nas terras do além mar, berço dos grandes mestres da poesia traz nas veias o lirismo casto que contagia e expressa a beleza da palavra escrita, em sua essência.
"Nunca a saudade
foi verdadeiramente saudade
enquanto de ti não senti
saudade... por estar sem ti".
(in: Por Ti Amor)
É autor de diversos livros de poesia, de teatro, de biografias históricas e de um didático, tendo mais de dezenove livros publicados.
Como poeta de grande expoente é membro da:
S.P.A. - Sociedade Portuguesa de Autores,
A.P.P. - Associação Portuguesa de Poetas e
U.L.L.A. - União Lusófona das Letras e Artes.
Leciona na U.L.T.I. - Universidade de Lisboa para a Terceira Idade.
Sobre o tempo, que avança a largos passos deixando suas marcas no corpo finito e que, durante os enigmas das estações em andanças garimpa as estradas da vida em busca de evolução, respostas, aprendizado e felicidade, ele assim o descreve:
“Sei que tempo já passou;
Não sei quanto passará.
Se soubesse quanto de vida terei
Saberia, com verdade
A minha idade.
Assim, não sei”.
Para conhecer um pouco mais das belas poesias do poeta visite seu Blog:
http://joaocoelhodossantos.blogs.sapo.pt/
Anna Peralva
ACREDITAS?
João Coelho dos Santos
Acreditas
Que existe Alma
Que nunca ninguém viu?
Acreditas
Que umas são boas,
Outras más?
Acreditas
Que o sopro da vida
E aquilo que a anima
É obra de Deus?
Mas porquê tanta miséria,
Tanto mal, tanta dor,
Tanta angústia,
Tanta guerra,
E tanta falta de amor?
Acreditas
Na bondade,
Na misericórdia
E no perdão?
Olho o Céu, o Sol,
As Estrelas, a Lua
E do fundo do meu ser
Com força sobrehumana grito:
Acredito!
Ninguém viu o vento,
E ele existe!
Ninguém tocou um pensamento,
E ele existe!
Ninguém abraçou a sombra
E ela existe!
Acredito
Nas coisas belas do mundo,
Na flor, no arco-íris,
Na água fresca do rio,
No milagre da Primavera.
Acredito
No reequilíbrio da Natureza,
Nos insondáveis mistérios
No universo;
Na palavra,
Que é hino de amor,
Que é verso;
Na ternura de um olhar,
Na alegria de viver,
No encanto de te ter.
Acreditar é ter Fé,
Sentir o sexto sentido,
Esperar com esperança,
Sofrer o sofrimento,
Alegrar-se na alegria.
À noite sucede o dia!
O lenho que se fez Cruz
Ao Mundo deu luz.
Antes do último ai
Disseste meu Jesus:
Perdoai-lhes, Pai.
E o Pai perdoou,
E o Homem não mudou.
Prefere ignorar-Te,
Maldizer-Te, maltratar-Te,
Como se seu igual fosses.
Em nome da humanidade,
Perdão Te peço, Senhor.
Em ti, Senhor, acredito!
1992.12.20
in: Por Ti Amor
Trabalho de arte: Marilda Ternura
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