Este blog tem por finalidade, homenagear consagrados poetas e escritores e, os notáveis poetas da internet.
A todos nosso carinho e admiração.

Clube de Poetas









sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

ANTÔNIO MARIANO ALBERTO DE OLIVEIRA



ALBERTO DE OLIVEIRA
(1857 - 1937)
Antônio Mariano Alberto de Oliveira,  nasceu em Palmital de Saquarema, Niterói, foi um poeta, professor e farmacêutico, figura como líder do Parnasianismo brasileiro, na famosa tríade Alberto de Oliveira, Raimundo Correa e Olavo Bilac. Foi Secretário Estadual de Educação, membro honorário e imortal da Academia Brasileira de Letras, adotou o nome literário Alberto de Oliveira.
Seus primeiros estudos foram realizados em Escola Pública. Formou-se em farmácia, 1884, frequentou o curso de medicina, onde conheceu Olavo Bilac. Porém, ambos abandonaram a faculdade. Alberto de Oliveira seguiu sua carreira farmacêutica e casou-se, em 1889, com Maria da Glória Moreira, com a qual teve um filho.
Após a glória literária, destacou-se na política como Oficial de Gabinete do Primeiro Presidente de Estado/RJ, eleito José Thomaz da Porciúncula (1892-1894), do Partido Republicano Fluminense.
Alberto de Oliveira foi professor de português e literatura no Colégio Pio-Americano (1095), na Escola Dramática e Escola Normal (1914), dirigida por Coelho Neto.

Envolveu-se com os fundadores da Gazeta de Notícias , Manuel Carneiro e Ferreira de Araujo, publicando poemas posteriormente reunidos no seu livro Canções Românticas e conhecendo neste jornal Machado de Assis.


A pedido dos leitores, publicou Sonetos e Poemas (1885), consagrando-se junto ao público e, em 1895, Versos e Rimas.
Depois de quatro livros publicados, foi convidado por Machado de Assis para a Fundação da Academia Brasileira de Letras, em 1897, ocasião em que se ve a longevidade do convívio entre o romancista e o poeta.
Com Raimundo Correia e Olavo Bilac, formou a tríade mais representativa da Idéia Nova da Nova Geração, hoje chamado Parnasianismo.



Nos últimos anos de sua vida, proferiu conferência "O Culto da Forma de Poesia Brasileira" (1913, na Biblioteca Nacional de São Paulo) e ainda foi homenageado pelo Jornal do Commércio, em 1917. No mesmo ano, recebeu Goulart de Andrade na Academia Brasileira de Letras. Foi eleito Príncipe dos Poetas Brasileiros, pelo concurso da Revista Fon-Fon (1924), título desocupado desde a morte de seu amigo Olavo Bilac. Em 1935, prestigia o Cenáculo Fluminense de História e Letras, com sua gloriosa presença. Sem dúvida o Poeta-Professor é "Andarilho Fluminense", semeando Lirísmo e Educação em todos os lugares por onde passou: Saquarema, Rio Bonito, Itaboraí, São Gonçalo, Campos, Araxá, Curitiba, São Paulo e Rio de Janeiro.
Seus incontáveis versos falam da punjança da natureza fluminense e dos encantos da mulher brasileira, ambas frequentemente evocadas pela memória. Os temas da Grécia Antiga, que caracterizam o Parnasianismo de moldes franceses, formam uma pequena minoria de suas obras.
Alberto de Oliveira faleceu em Niterói, dia 19 de janeiro de 1937. Ve-se sua herma no Jardim do Russel (Rio de Janeiro), obra do escultor Petrus Verdier, outra no jardim de entrada da sede histórica da Prefeitura Municipal de Niterói, obra do escultor H. Peçanha.


DOLORA
Dizia-me a razão, antes de ve-la:
-"Não vás lá, se não quiseres ser sujeito
Ao seu olhar que é como o olhar da estrela..."
Fui. E agora a razão me diz: - "Bem feito!"
E ardo e choro. E, ebriado de ventura,
Na própria pena que o lacera e rala,
O coração aplaude-me a loucura:
- "Fizeste bem!", o coração que fala.

***

ACORDANDO
Quero-te, vem! se acaso da neblina
Do sonho as formas desatar te é dado,
Se não és sonho tu, se ora acordado,
Posso tocar-te, sombra peregrina!
Com o mesmo rosto pálido e magoado,
Triste o sorriso a boca purpurina,
Com o todo, enfim, de aparição divina,
Rompe a névoa, meigo vulto amado!
Encarna-te! aparece! exurge! acode!
E em minha fronte a coma ondeante e escura,
Cheia de orvalhos, úmida, sacode;
Mas se te dói pisar este medonho
Chão de abrolhos que eu piso, imagem pura,
Toma outra vez a aparecer-me em sonho.




Trabalho de Pesquisa:  
Eliana (Shir) Ellinger


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