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Clube de Poetas









sábado, 19 de novembro de 2011

HENRIQUETA LISBOA

Henriqueta Lisboa
(1901-1985)

Henriqueta Lisboa nasceu em Lambari, Minas Gerais, em 15 de julho de 1904, fruto da união entre o Deputado Federal João de Almeida Lisboa e Maria Rita Vilhena Lisboa, foi a primeira mulher eleita Membro da Academia Mineira de Letras.

Estudou no Colégio Sion da cidade de Campanha, MG, e dedicou-se ao magistério. Estudou línguas e letras no Rio de Janeiro e, em Belo Horizonte, lecionou literatura nas universidades locais.

Pouco conhecida do público, foi consagrada por críticos do porte de Antônio Cândido e Alfredo Bosi como uma das poetisas mais bem sucedidas da moderna literatura brasileira.

Publicou vários ensaios e poesias. Seu primeiro livro, chamado Fogo Fátuo, foi publicado quando ela tinha vinte e um anos. Para as crianças, Henriqueta dedicou três obras: O menino Poeta (1943), Lírica (1958) e a reedição de O Menino Poeta, em 1975. Este último livro foi lançado em disco, pelo Estúdio Eldorado. Henriqueta Lisboa recebeu diversos prêmios , entre eles o Prêmio Machado de Assis, concedido pela Academia Brasileira de Letras. Ela também foi inspetora de alunos, professora de literatura e tradutora, traduziu os famosos Cantos de Dante Alighieri.

Desde o segundo livro, Enternecimento (1929), recebeu vários prêmios literários, inclusive a Medalha da Inconfidência de Minas Gerais, com Madrinha Lua (1952) e o Prêmio Brasília de Literatura (1971) pelo conjunto de sua obra.
Inicialmente identificada com o simbolismo, Henriqueta Lisboa aceitou a influência do modernismo, mas permaneceu fiel aos temas de sua terra e de sua gente. A partir de Prisioneira da Noite (1941) atingiu um lirismo que, nas palavras de Alfredo Bosi, distingue-a como "sutil tecedora de imagens capazes de dar uma dimensão metafísica a seu intimismo radical". Autora ainda de A face Lívida (1945), seu livro mais importante, Flor da Morte (1949), Lírica (1958) e outras obras.

Henriqueta Lisboa faleceu em Belo Horizonte em 9 de outubro de 1985.

TUAS PALAVRAS, AMOR...

Como são belas e misteriosas tuas palavras, Amor!
Eu não as tinha pressentido,
eu era como a terra sonolenta e exausta
sob a inclemência do céu carregado de nuvens,
quando, igual a uma chuva torrencial de verão,
tuas palavras caíram da altura em cheio
e se infiltraram nos meus tecidos.

O' a minha pletora de alegria!...
As árvores bracejaram recebendo as bátegas entre as ramas,
as corolas bailaram numa ostentação de taças repletas,
os frutos amadurecidos rolaram bêbedos no solo.
E eu vivi a minha hora máxima de lucidez e loucura
sob a chuva torrencial de verão!

Como são belas e misteriosas tuas palavras, Amor!...
Minha alma era um rochedo solitário no meio das ondas,
perdido de todas as cousas do mundo,
quando, ao passar dentro da noite na tua caravela fuga,
tu me enviaste a mensagem suprema da vida.
A tua saudação foi como um bando de alvoroçadas gaivotas
subindo pelas escarpas do rochedo, contornando-lhe as arestas,
aureolando-lhe os cumes.

E a minha alma esmoreceu ao luar dessa noite,
ilha branca da paz, num sonho acordado...

Amor, como são belas e misteriosas as tuas palavras!...

Fontes de pesquisa:
http://www.oocities.org.br
http://pt.wikipedia.org

Trabalho de Pesquisa: Eliana Ellinger (Shir)

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