Este blog tem por finalidade, homenagear consagrados poetas e escritores e, os notáveis poetas da internet.
A todos nosso carinho e admiração.

Clube de Poetas









sábado, 19 de novembro de 2011

NADIR A. D'ONOFRIO


Nadir A. D'Onofrio, nasceu em Santo André, Estado de São Paulo em 03/07.
Casada, reside na baixada Santista Litoral, do Estado de São Paulo.
Neta de imigrantes italianos, pessoas de origem humilde que vieram para o Brasil nos anos de 1888 para trabalhos em fazendas
e lavoura de café.
Formada em enfermagem sempre atuou na área de saúde; dedicou 33 anos de sua vida profissional a Empresa do Grupo Rhodia
onde aposentou-se em 1991, como Supervisora de Laboratório de Produtos Famacêuticos.
Apaixonada pela natureza,( em sua espiritualidade, a sente como dádiva maior do Criador ), ama o mar e a montanha. Apreciadora
de música clássica e instrumental, arte, literatura e esporte.
Tem como hobby a fotografia e cultivar orquídeas.
Seus poetas e escritores preferidos: Carlos Drummond de Andrade, Vinicius de Moraes, Aghata Christie, JJ Benitez e Lonardo Boff
É membro efetivo da AVBL - Academia Virtual Brasileira de Letras, onde tem vários e-books, um deles em dueto com o
poeta Tonho França e um e-book editado pela Biblioteca Virtual do Portal CEN.
Participou de antologias literárias, Antologia Literária Virtualismo, Escola de Autores, Escritores e Poetas, editado
pela AVBL no ano de 2005 e Antologia Literária DOIS POVOS um destino do Grupo Ecos da Poesia, editada
pela ABRALI no ano de 2006.
No ano de 2005, foi presenteada com um site elaborado pela poeta Simone Borba Pinheiro, ao qual deu continuidade com suas formatações. Em 2006 transferiu seu site para domínio particular, o que conseguiu
com a orientação do amigo e Webdesigner Benjamim Coelho.
Como poeta não se atém a regras ou métricas, sua sensibilidade flui de forma livre, pois livre é o sonhar, toda
a plenitude do amor, a essência dos sentimentos e o voo dos pensamentos... Livre é a alma sábia que entende
os paradigmas da vida e busca a fonte de inspiração para descrever o que sente e descrevendo, encontra a renovação do ser, em constante busca de aprendizado.
Assim sendo, Nadir revela em suas poesias grande sensibilidade, romantismo e uma beleza lírica que leva o leitor a sentir na pele emoções que ultrapassam o limiar das palavras escritas e falam de um sentir grandioso, onde a vida é um constante canteiro em cultivo e o tempo borda em transparências, nascentes crescentes de estesias.
Para conhecer um pouco mais da poeta homenageada de hoje, acesse o link:

http://www.nadirdonofrio.com/

Anna Peralva


Ah, Meu amor se eu pudesse!
Nadir A. D'Onofrio

Partilhar meus conflitos
Falar dos dilemas,
Encostar-me em seu peito,
Adormecer, sonhar.

Mera utopia
Fruto da imaginação,
Do ser carente de afeto
Que clama por atenção.

Se sonhar é viver
Também faz sofrer,
Idealizar um ser,
Que só na minha mente existe...

Você é como preamar!
Chega transbordando alegria,
Logo, mais é maré vazante,
Afasta-se, deixando saudade...

31/11/2007
Serra Negra-SP

Trabalho de Arte: Marilda Ternura

ROSA G DE FABRO (ROSENNA)


Rosa G. de Fabbro nasceu em 01 de julho, sob o signo de Câncer, em Buenos Aires, Capital da Argentina e reside na cidade de Quilmes, que fica a 17 km da Capital. Lá se encontra a maior cervejaria do País e para a alegria de todos, "a festa da cerveja". Rosa é dona de casa, esposa, mãe de uma filha e poeta! Rosa para a família, Rosi para os amigos. Começou a escrever na adolescência e parou por um tempo... Recomeçou no ano de 1994, logo após a morte do nosso querido e inesquecível Ayrton Senna, de quem ainda é fã e adotou como homenagem a ele o pseudônimo de ROSENNA, a quem hoje o Clube de Poetas reverencia. Fez cursos de desenho para publicidade, pintura artística, diversos cursos de artesanatos e por gostar do idioma português, estudou a nossa língua. Rosenna é romântica, sonhadora e criativa. Ser sensível gosta de fotografar, de animais e ter amigos sinceros. Ama de forma plena e intensa e por isso, não admite falsidade e mentiras. Com um lirismo simples ela se inspira na vida, no que vê acontecer enquanto o tempo avança, encurtando as horas... Escreve com a alma ao som de uma música suave ou no silêncio de uma noite insone, onde o sentimento desagua as emoções que o coração sente. Assim ela define a poesia:


Poesia é...
ver a luz ainda que
o sol não tenha saído.

Não possui livros editados, mas participa constantemente em cirandas poéticas em português e espanhol e em vários certames artísticos internacionais, sendo finalista por segundo ano consecutivo, ano 2005, finalista em poesia, ano 2006, obteve o 2º prêmio em fotografia e também obteve menção especial em narrativa.
Tem inúmeros trabalhos postados em diversos sites de amigos. Aos iniciantes no mundo mágico da poesia ela aconselha a continuar na estrada, plantando sonhos e sementes de sentimentos.


Sonhe...nunca deixe de sonhar...
sonhe ainda que seja acordada
mas sempre em realidade...
nunca perca a esperança
de um mundo em paz e liberdade...
sonhe com um amanhã
que tarde ou cedo... chegará!...

Poetando sempre a esperança, Rosenna vai tecendo versos num Universo onde somente o poeta consegue discernir o todo em sua silhueta lírica.

Foi em primavera
Quando sentados à beira do rio, embaixo de um arvoredo
Desde uma rama florescida um coro de pássaros seus trinos ofereceu
E pelas noites quando nos amávamos
Um concerto de grilhos nos arrulhou...
Cumprimentando nosso amor!...

Como ser em viagem nesse mundão de Deus, Rosenna vai polindo arestas em busca de evolução, segue sua intuição e sabe que tudo renasce à luz do dia, quando a vida aflora colorida, intensa, fonte eterna de alquimia. Assim é Rosenna, mulher-poeta que borda palavras com fios de bondade e salpica na poesia escrita, sua generosidade e humildade.

Para conhecer um pouco mais da homenageada de hoje visite o site da autora:

www.rosenna.com

Anna Peralva


Mi Silencio
Rosenna

Aquí estoy...con mis silencios,
mis dudas sin respuesta...
mis caminos inciertos
y tantas otras cosas más...
Esa desolación que se apoderó
de mi cuerpo y mi mente,
que no me deja pensar...
que me lleva diariamente
un poco más cerca de la muerte.
Pero silencio guardaré...
no diré ni una palabra...
dejaré al destino actuar
que él me venga a quitar la venda y...
aún así ...encima de ese escenario...
no hablaré, cerraré mi boca...
no diré siquiera lo que quiero gritar...

que TE AMO !..


Meu Silêncio

Rosenna

Aqui estou...com meus silêncios,
minhas dúvidas sem resposta...
meus caminhos incertos
e tantas outras coisas mais...
Essa desolação que apoderou-se
de meu corpo e minha mente,
que não me deixa pensar...
que me leva diariamente
um pouco mais perto da morte.
Mas silêncio guardarei...
não direi nem uma palavra...
deixarei o destino atuar
que ele venha-me desvendar e...
e ainda assim...em cima desse cenário...
não falarei, fecharei a minha boca...
não direi sequer o que quero gritar...

que TE AMO!..

Trabalho de Arte: Marilda Ternura

JOSÉ CARLOS ARY DOS SANTOS

JOSÉ CARLOS ARY DOS SANTOS
(1937 - 1984)

Proveniente de uma família da alta burguesia, com antepassados aristocratas , era filho do médico Carlos Ary dos Santos e de Maria Bárbara de Miranda e Castro Pereira da Silva.

Estudou no Colégio de São João de Brito, em Lisboa, onde foi um dos primeiros alunos. Após a morte da mãe, vê publicados pela mão de vários familiares, alguns dos seus poemas. Tinha catorze anos e viria, mais tarde, a rejeitar esse livro. Ary dos Santos revelou, verdadeiramente, as suas qualidades poéticas em 1954, com dezesseis anos de idade. Várias poesias suas integraram então a Antologia do Prêmio Almeida Garret.

No mesmo ano, Ary abandona a casa da família. Para seu sustento econômico exerce as mais variadas atividades, que passariam pela venda de máquinas para pastilhas elásticas, até ao trabalho numa empresa de publicidade. Não cessa de escrever e, entretanto, dá-se a sua estréia literária efetiva, com a publicação de A Liturgia do Sangue (1963). Em 1969 adere ao Partido Comunista Português, com qual participa ativamente nas sessões de poesia do então intitulado Canto Livre Perseguido.

Através da música chegou ao grande público, concorrendo, por mais que uma vez, ao Festival RTP da Canção, sob pseudônimo, como exigia o regulamento. Classifiou-se em primeiro lugar com as canções Desfolhada Portuguesa, na interpretação de Simone de Oliveira, Menina do Alto da Serra, interpretada por Tonicha, Tourada e Portugal no Coração, interpretações do conjunto Os Amigos.

Após o 25 de Abril, torna-se um dinamizador cultural da esquerda, percorrendo o país de lés a lés. No Verão Quente de 1975, juntamente com militantes da UDP e de outras forças radicais, envolve-se no assalto à Embaixada de Espanha, em Lisboa.

Autor de mais de seiscentos poemas para canções, Ary dos Santos conquistou muitos amigos. Gravou, ele próprio, textos e poemas de muitos outros autores e intérpretes. Notabilizou-se também como declamador, tendo gravado um duplo álbum contendo O Sermão de Santo Antônio aos Peixes, do Padre Antônio Vieira. À data da sua morte tinha em preparação um livro de poemas intitulado As Palavras das Cantigas, onde era seu propósito reunir os melhores poemas dos últimos quinze anos e um outro intitulado Estrada da Luz - Rua da Saudade, que pretendia ser uma autobiografia romanceada.

Depois de falecer, a 18 de janeiro de 1984, seu nome foi dado a um largo do bairro de Alfama, descerrando-se uma lápide evocativa na fachada da sua casa, na Rua da Saudade, onde viveu praticamente toda a sua vida. Ainda em 1984, foi lançada a obra VIII Sonetos de Ary dos Santos, com um estudo sobre o autor de Manuel Gusmão e planeamento gráfico de Rogério Ribeiro, no decorrer de uma sessão na Sociedade Portuguêsa de Autores, da qual o autor era membro. Em 1988, Fernando Tordo editou o disco O Menino Ary dos Santos, com os poemas escritos na sua infância. Em 2009, Mafalda Arnauth, Susana Félix, Viviane e Luanda Cozeti dão voz ao álbum de tributo Rua da Saudade - Canções de Ary Santos.

Hoje, o poeta do povo é reconhecido por todos, pois a sua obra permanece na memória e, estranhamente, muitos dos seus poemas continuam atualizados. Todos os grandes cantores o interpretaram e ainda hoje surgem boas vozes a cantá-lo na perfeição.

SONETO DE MAL AMAR

Invento-te recordo-te distorço
a tua imagem mal e bem amada
sou apenas a forja em que me forço
a fazer das palavras tudo ou nada.

A palavra desejo incendiada
lambendo a trave mestra do teu corpo
a palavra ciúme atormentada
a provar-me que ainda não estou morto.

E as coisas que eu não disse? Que não digo:
Meu terraço de ausência meu castigo
meu pântano de rosas afogadas.

Por ti me reconheço e contradigo
chão das palavras mágoa joio e trigo
apenas por ternura levedadas.

Fontes de pesquisa:
http://www.pt.wikipedia.org
www.citador.pt

Trabalho de Pesquisa: Eliana Ellinger (Shir)

HENRIQUETA LISBOA

Henriqueta Lisboa
(1901-1985)

Henriqueta Lisboa nasceu em Lambari, Minas Gerais, em 15 de julho de 1904, fruto da união entre o Deputado Federal João de Almeida Lisboa e Maria Rita Vilhena Lisboa, foi a primeira mulher eleita Membro da Academia Mineira de Letras.

Estudou no Colégio Sion da cidade de Campanha, MG, e dedicou-se ao magistério. Estudou línguas e letras no Rio de Janeiro e, em Belo Horizonte, lecionou literatura nas universidades locais.

Pouco conhecida do público, foi consagrada por críticos do porte de Antônio Cândido e Alfredo Bosi como uma das poetisas mais bem sucedidas da moderna literatura brasileira.

Publicou vários ensaios e poesias. Seu primeiro livro, chamado Fogo Fátuo, foi publicado quando ela tinha vinte e um anos. Para as crianças, Henriqueta dedicou três obras: O menino Poeta (1943), Lírica (1958) e a reedição de O Menino Poeta, em 1975. Este último livro foi lançado em disco, pelo Estúdio Eldorado. Henriqueta Lisboa recebeu diversos prêmios , entre eles o Prêmio Machado de Assis, concedido pela Academia Brasileira de Letras. Ela também foi inspetora de alunos, professora de literatura e tradutora, traduziu os famosos Cantos de Dante Alighieri.

Desde o segundo livro, Enternecimento (1929), recebeu vários prêmios literários, inclusive a Medalha da Inconfidência de Minas Gerais, com Madrinha Lua (1952) e o Prêmio Brasília de Literatura (1971) pelo conjunto de sua obra.
Inicialmente identificada com o simbolismo, Henriqueta Lisboa aceitou a influência do modernismo, mas permaneceu fiel aos temas de sua terra e de sua gente. A partir de Prisioneira da Noite (1941) atingiu um lirismo que, nas palavras de Alfredo Bosi, distingue-a como "sutil tecedora de imagens capazes de dar uma dimensão metafísica a seu intimismo radical". Autora ainda de A face Lívida (1945), seu livro mais importante, Flor da Morte (1949), Lírica (1958) e outras obras.

Henriqueta Lisboa faleceu em Belo Horizonte em 9 de outubro de 1985.

TUAS PALAVRAS, AMOR...

Como são belas e misteriosas tuas palavras, Amor!
Eu não as tinha pressentido,
eu era como a terra sonolenta e exausta
sob a inclemência do céu carregado de nuvens,
quando, igual a uma chuva torrencial de verão,
tuas palavras caíram da altura em cheio
e se infiltraram nos meus tecidos.

O' a minha pletora de alegria!...
As árvores bracejaram recebendo as bátegas entre as ramas,
as corolas bailaram numa ostentação de taças repletas,
os frutos amadurecidos rolaram bêbedos no solo.
E eu vivi a minha hora máxima de lucidez e loucura
sob a chuva torrencial de verão!

Como são belas e misteriosas tuas palavras, Amor!...
Minha alma era um rochedo solitário no meio das ondas,
perdido de todas as cousas do mundo,
quando, ao passar dentro da noite na tua caravela fuga,
tu me enviaste a mensagem suprema da vida.
A tua saudação foi como um bando de alvoroçadas gaivotas
subindo pelas escarpas do rochedo, contornando-lhe as arestas,
aureolando-lhe os cumes.

E a minha alma esmoreceu ao luar dessa noite,
ilha branca da paz, num sonho acordado...

Amor, como são belas e misteriosas as tuas palavras!...

Fontes de pesquisa:
http://www.oocities.org.br
http://pt.wikipedia.org

Trabalho de Pesquisa: Eliana Ellinger (Shir)

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

PAULO SILVEIRA DE ÁVILA


O Clube de Poetas reverencia a poesia de Paulo Silveira de Ávila. Ele reside em Florianópolis - SC e "gosta de poetar nos jardins do espaço etéreo".

No horizonte,
o vento balança os velames
nesta manhã branca,
de sol nascente,
aqui, é o nosso chão de estrelas.

Tem por profissão a advocacia, se a lei é dura e a justiça cega, em contraponto é um poeta sonhador, e de forma lírica vai cantando versos de amor.

Amor é isso que sentimos,
sem segredos, dando tudo o que se tem.
Num momento, sou tua ternura,
tua paixão no oculto de nosso infinito.

Como um ser consciente que olha o mundo acreditando em mudanças, é contra todo e qualquer tipo de violência, física ou verbal. Sabe que o trovador alcança as palavras em sua essência pura, usando-as de forma serena para amenizar dores e pincelar com a luz da estesia, as notas desbotadas da canção da vida, pois a vivência é um permanente ato de plantio e colheita.

Lá na beira do lago,
onde o vento faz a curva dos versos
e vai dizer que nos olhos do amor
está a magia da vida.

Como todo aquele que tem no coração o lirismo em fonte que transborda versos, Paulo é um pescador de ilusões, um Pegador de Estrelas:

Eu pegador de estrelas?
Será que tu me entendes?
Pode ter certeza que jogaria,
uma a uma pela janela do mundo,
para manter viva a chama do teu amor.
como se estivesse vivendo de sonhos.
No fundo do coração guardo um desejo,
de reviver êxtases supremos
cada vez que olhar para uma estrela.

Como poeta ele assim se define:
Meu espírito vagueia no limite inconsciente da poesia à procura de uma quimera, simples e tocável entre anjos e demônios para espanto dos deuses no Olimpo.
E em seus devaneios poéticos ele tenta encontrar o todo, o ser completo num outro ser, os dois em um, o encaixe perfeito!

Se eu não fosse eu,
seria você,
confusão, ilusão, tesão

Se não fosse você,
seria eu,
fascinação, piração, devaneios.

Um dia,
nós dois seríamos um só.

Assim é a poesia de Paulo Silveira de Ávila! Nas linhas escritas, ele revela o sentimento que pulsa no peito, o desejo orvalhando a pele, os sonhos soltos... A alquimia do amor renovado que extasia e uma ternura adornada de esperança aguardando o renascimento do dia, onde a alma, fonte de inspiração canta e dança como ave liberta!


Anna Peralva


Mais que amor
Paulo Silveira de Ávila

A noite corria leve e a lua brilhava
com intensa luminosidade,
soprava uma mansa aragem a acordar meu rosto sereno.
À beira das águas, fitando em silêncio
a magnificência do luar,
sorria alegre envolto
nas vestes de brumas, na cálida noite.
No vagar do pensamento
passam mil versos de mélicos cantos,
tua voz de longe eu escuto:
Eu te amo!
São palavras que ressoam
no meu coração e explodem de emoção.
São ondas sonoras,
são rosas, flores juncadas,
que de tão belas,
não posso guardá-las só para mim.
Arfando no peito meu grito de amor
também ecoa para o mundo:
Eu te amo!
Serenatas dos deuses
tecem um sonhar enamorado,
mãos que se buscam, se identificam
e se compreendem,
acarinhando o mais feliz dos amores,
faz-me entregar na busca incessante
de um prazer indômito.
Na vida tudo fenece,
só não fenecem os momentos
de intensa ternura,
corpos que se identificam,
embalados na nostalgia
de um poeta ilhado de saudade,
flamejando a névoa com a mística
luz das estrelas - uma fantasia..
mais que amor!

Trabalho de arte: Marilda Ternura

ROSÂNGELA DO VALLE DIAS


Hoje, o Clube de Poetas reverencia a poesia de Rosângela do Valle Dias, um ser humano sensível, espontâneo, transparente e solidário, que aportou no cais da vida em Belo Horizonte, na bela e mágica Minas Gerais. Conheceu a poesia na adolescência, em sua forma mais bela! Lendo, num caderno especial versos que seus pais escreviam um para o outro, deixando assim registrado, no movimento do tempo um amor abençoado, eternizado no ciclo das estações, sentimento maior unindo almas e corpos, num só! Ainda jovem, ela conheceu o sentido do eterno! Talvez por isso e encantada pela beleza do sentir que fazia parte de sua existência começou a escrever versos. A maioria ficou perdida nas estradas percorridas, sumiram... Como some a lua, quando o céu fica envolto em véu.. Em 2004 quando sua mãe alçou voo para outro plano resgatou cinco poemas e em estado de tristeza dedicou-lhe virtualmente. Recebeu então, convites para participar de Grupos de Poesias.


"Consigo imaginar você aí,
numa esfera só de amor,
distribuindo flores
brancas, vermelhas e amarelas,
sorrindo entre canções,
vibrando com os corações...
Desde aquela época,
até hoje ,
tudo é saudade!
Canto e choro!
Choro cantando em duo!"

Rosangela escreve poemas tocantes, num lirismo simples, romântico, sem preciosismos ou rodeios, num libertar de emoções retratando o que sente e o momento onde a alma fala de amor ou das dores do mundo. Poesia que acorda e cativa sonhos, reflexo de quem não se cansa de louvar a fé, esperança, amor ao próximo e, consciente de sua passagem nesta viagem chamada vida, é defensora da preservação da natureza. Rosângela é sincera, sonhadora, espontânea, vibrante como luz que esparge transmitindo ternura e serenidade, deixando revelar toda sua beleza interior.

"Eu grito o meu amor por ti,
meu irmão,
meu amigo,
meu espelho encantado no viver de cada dia!
Para ti, o meu canto sereno,
na paz que te desejo transmitir."

Possui dois livros virtuais, “A Vida me Pertence” e "Tesouro em Poesia", participou de vários e-books com amigos poetas e autores diversos.
Em 2007 lança o livro intitulado Faces Reveladas (em parceria com Sonia Pallone), que entrou em cinco Antologias Virtuais Internacionais, no ano de 2001 nasce Caminho em Rima e Versos Livres, ( em parceria com Leda Yara Motta Mello) e editado pela All Print Editora.

A poesia vira música!

Apaixonada por música por influência do pai, a poeta chegou a cantar em videokês. Nada que a levasse a pensar na carreira de cantora, no entanto. Ao se deparar com os poemas musicados, pensou imediatamente em vê-los cantados. Com a ajuda do produtor Victor Hugo Martins, convocou gente como o jovem talento Vitor Alves, de 19 anos, além de João Araújo, Ninho Mathias e Fernando Neves. O produtor vai se encarregar da interpretação de Mi único amor, traduzida para o espanhol por amigos mexicanos.
Victor Hugo, produtor da dupla Marcelinho de Lima & Camargo, afirma que nada no mercado se compara a Versos que Nascem admitindo que o repertório do disco da poeta oferece variedade de ritmos e gêneros musicais.
O CD “Versos que Nascem” é lançado em 2011. Surpreende e encanta, porque expressa os sentimentos das poesias de Rosângela do Valle Dias que harmoniosamente foram musicados.

Ler ou ouvir as poesias de Rosângela é um acalanto para alma, inspiração para quem poeta e um convite agradável à reflexão. É um mergulho dentro do silêncio para um reencontro com a canção da vida, resgatando o que há de melhor em nós, encarando os momentos vivenciados, com o olhar de quem acredita em mudanças, num tempo sem disfarces!
E assim, na deliciosa sedução de suas poesias, ela caminha por entre rimas e sons seguindo sempre em frente, na toada do tempo uma trilha de estesias, pois sua obra literária reflete sua essência e a coragem de seguir em frente!
Conheça um pouco mais de Rosângela do Valle Dias em:

http://rosangelaecaminhosdeluz.blogspot.com/


Anna Peralva


FORA DA RAZÃO
(Rosângela do Valle Dias)

Ah! Doce amor!
Queria não saber-me tão distante
desse amor amante!
Queria não ter razão,
nem mesmo coração,
assim não poderia
sentir tanta paixão!
Queria não estar certa
do abraço tão incerto!
Queria dominar sentimentos
em todos os momentos!
Sentiria mesmo no universo,
a vagar entre centro e verso,
se pudesse ter você,
no infinito do meu tempo.
Queria a certeza da possibilidade
do sentir constante...
Queria ver devolvida a esperança
do meu querer amante!

BH/MG
08.03.2005

Trabalho de arte: Marilda Ternura

Junqueira Freire

JUNQUEIRA FREIRE
(1832-1855)

Luís José Junqueira Freire, monge beneditino, filho de José Vicente de Sá Freire e Felicidade Augusta Junqueira, sacerdote e poeta, nasceu em Salvador, BA, em 31 de dezembro de 1832, e faleceu na mesma cidade, em 24 de junho de 1855. É o patrono da Cadeira nº 25 da Academia Brasileira de Letras, por escolha do fundador Franklin Dória.

Feitos os estudos primários e os de latim, de maneira irregular por motivo de saúde, matriculou-se em 1849 no Liceu Provincial, onde foi excelente aluno, grande ledor e já poeta. Por motivos familiares, ingressou na Ordem dos Beneditinos em 1851, aos 19 anos, sem vocação, professando no ano seguinte com o nome de Frei Luís de Santa Escolástica Junqueira Freire.

Na clausura do Mosteiro de São Bento de Salvador viveu amargurado, revoltado e arrependido da decisão irrevogável que tomara. Mas ali pode fazer suas leituras prediletas e escrever poesias, além de exercer atividade como professor. Em 1853 pediu a secularização, que lhe permitiria libertar-se da disciplina monástica, embora permanecendo sacerdote, por força dos votos perpétuos. Obtida a secularização no ano seguinte, recolheu-se à casa, onde redigiu a breve Autobiografia, em que manifesta um senso agudo de auto-análise. Ao mesmo tempo, cuidou da impressão de uma coletânea de versos, a que deu o nome de Inspirações do claustro, impressa na Bahia pouco antes de sua morte, aos 23 anos, motivada por moléstia cardíaca de que sofria desde a infância.

A sua obra poética enquadra-se na terceira fase do Romantismo, dita de ultra-romantismo. Na sua geração foi o mais ligado aos padrões do Neoclassicismo português, ele próprio sendo autor de um compêndio conservador, Elementos de Retórica Nacional, que explica a sua concepção de poesia como cadência medida e até certo ponto prosaica. A sua mensagem, como a dos românticos em geral, era complexa demais para caber na regularidade do sistema clássico. O drama que tencionava mostrar era o erro de vocação que o levou ao claustro, seguido da crise moral e do conflito interior que o levaram a abandoná-lo. Daí provieram os temas mais freqüentes da sua poesia, misturados a preces e blasfêmias: O horror ao celibato; o desejo reprimido que o perturbava e aguçava o sentimento de pecado; a revolta contra a regra, contra o mundo e contra si próprio; o remorso e, como consequência natural, a obsessão de morte. O poeta clama na sua cela e traz desordenadamente este tumulto ao leitor.

Sua poesia, ora do cunho religioso, ora social, tem lugar relevante no Romantismo brasileiro. Possuía também um sentimento brasileiro, além de uma tendência antimonárquica, liberal e social.

SONET0

Arda de raiva contra mim a intriga,
Morra de dor a inveja insaciável;
Destile seu veneno detestável
A vil calúnia, pérfida inimiga.

Una-se todo, em traiçoeira liga,
Contra mim só, o mundo miserável.
Alimente por mim ódio entranhável
O coração da terra que me abriga.

Sei rir-me da vaidade dos humanos;
Sei desprezar um nome não preciso;
Sei insultar uns cálculos insanos.

Durmo feliz sobre o suave riso
De uns lábios de mulher gentis, ufanos;
E o mais que os homens são, desprezo e piso.

Fontes de pesquisa:
www.portalsaofrancisco.com.br
www.revista.agulha.com.br

Trabalho de Pesquisa: Eliana Ellinger (Shir)

ARTUR DA TÁVOLA

ARTUR DA TÁVOLA
(1936 - 2008)

Artur da Távola, pseudônimo de Paulo Alberto Moretzshon Monteiro de Barros, filho de Paulo de Deus Moretzsohn Monteiro de Barros e Magdalena Koff Monteiro de Barros, nasceu em 03 de janeiro de 1936, no Rio de Janeiro.
Advogado, político, escritor, poeta e jornalista brasileiro, um homem de vocação renascentista, iniciou sua vida política em 1960, no PTN, pelo estado da Guanabara. Dois anos depois, foi eleito Deputado Constituinte pelo PTB. Cassado pela ditadura militar, viveu na Bolívia e no Chile entre 1964 e 1968. Tornou-se um dos fundadores do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) e líder da bancada tucana na Assembléia Constituinte de 1988, ano em que concorreu, sem sucesso, à prefeitura do Rio de Janeiro, sendo posteriormente presidente do PSDB entre 1995 e 1997. Exerceu mandatos de Deputado Federal de 1987 a 1995 e Senador de 1995 até 2003.
Artur da Távola foi professor da Escola de Jornalismo da Fundação Gama Filho (1960); Professor Chefe de Cátedra de "Periodismo Audiovisual" na Escola de Periodismo e Comunicação do Chile -Santiago- (1966 a 1968); Vice-Diretor da Escola Superior de Propaganda e Marketing do Rio de Janeiro, ocupando a Cadeira 'Produção de Rádio e Televisão' (1974 a 1975).

Foi redator e editor em diversas revistas, notavelmente na Bloch Editores. Produtor e apresentador de música erudita com o programa "Quem tem medo de música clássica?", na TV do Senado e em várias emissoras de rádio cultural. Foi cronista regular, a partir de 1968, sucessivamente nos jornais Última Hora e O Globo, revista Fatos e Fotos e jornal O Dia.
Artur da Távola também foi Membro da Câmara Técnica do Corredor Cultural da cidade do Rio de Janeiro (1979); 1º Vice-Presidente da ABI (1980-1981); Conferencista em mais de cem oportunidades, em vários Estados, abordando os temas de Literatura, Comunicação e Política; Membro do Pen Club do Rio de Janeiro; Membro da Comitiva Oficial do Presidente da República Fernando Henrique Cardoso, em visita ao Chile em 1995, para a posse do Presidente Ricardo Lago e à Portugal em 1996; Participou da Aula Magna inaugural nas Universidades Federal Fluminense, Gama Filho, UNIRIO e SUAM (1995), PUC Porto Alegre (1999); Membro da Comitiva Oficial Brasileira que participou da 3ª Conferência Interparlamentar realizada em Aman (Jordânia) em 2000; Membro da Academia Virtual de Letras Luso-Brasileira em 2005.

Até antes de falecer, era reitor de uma universidade particular carioca e escrevia uma coluna para o jornal carioca O Dia.

Artur da Távola, merecidamente, recebeu as seguintes condecorações:

Ordem do Rio Branco, Grau de Oficial - Brasília, 20 de abril de 1994;
Ordem do Infante D. Henrique, Grau de Santa Cruz - Lisboa, 20 de julho de 1995;
Ordem de Bernardo O'Higgins - Grau de Gran Cruz - Santiago do Chile, 9 de março de 1995;
Grau do Mérito Naval - Grau de Grande Oficial - Brasília, 11 de junho de 1995;
Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro - Colar do Mérito Judiciário - Rio de Janeiro, 8 de dezembro de 1995;
Ordem do Mérito Militar - Grau de Comendador.

PERDOAR

...Aprendi outro dia que perdoar é a junção de "per" com "doar". Doar é mais fácil do que dar.Doar é a entrega total do outro. O prefixo "per" que tem várias acepções, indica movimento no sentido "de" ou em "direção a" ou "através" ou "para" etimologicamente falando, portanto, perdoar, quer dizer doar ao outro a possibilidade de que ele possa amar, possa doar-se. Não apenas quem perdoa que se "doa através do outro". Perdoar implica abrir possibilidade de amor para quem foi perdoadp, através da doação oferecida por quem foi agravado. Perdoar é a única forma de facilitar ao outro a própria salvação. Doar é mais do que dar: é a entrega total...Perdoar é doar amor, é permitir que a pessoa objeto do perdão possa também desenvolver um amor que, até então, só negara...



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ATO DE CONTRIÇÃO

Ah, como somos comedidos!
Acomodamo-nos, vãos,
nos limites do concebido.

Somos bem educados, cultos,
e ruge tanta fome
nos apetites fora do concedido.

Ah, como somos sob medida!
sub metidos, hirtos, bem vestidos,
robôs impecáveis, ilusão de vida.

Ah, somos como os subvertidos,
introvertida soma de extrovertidos
por pompa, tinta, arroto ou brilhantina.

Filhos do instante, do entanto e do porém,
somos através, como os vidros,
mas opacos e pervertidos, sempre aquém.

Traçamos sinas e abstrações,
terçamos ódio finos, dissuadidos,
lãs de olvido e alucinações.

Sovamos os sidos, os vividos,
somos eiva, disfarce, diluição.
Somos somas a subtrações.

Fontes de pesquisa:

http://pensador.uol.com.br
http://pt.wikipedia.org.br
http://www.revista.agulha.nom.br
http://www.ligia.tomachio.nom.br

Trabalho de Pesuisa: Eliana Ellinger (Shir

CASSANDRA RIOS

CASSANDRA RIOS
(1932 - 2002)

Cassandra Rios foi uma escritora brasileira, autora de dezenas de livros que há quarenta anos escandalizaram o Brasil por seu estilo "pornográfico", dentre eles A Tara, Tessa, a Gata, Volúpia do pecado, A paranóica, Muros Altos, Uma Mulher Diferente, Cabelos de Metal e A Borboleta Branca, entre outras dezenas de títulos. O romance A Noite Tem Mais Luzes atingiu a marca de 700 mil exemplares vendidos.

Nascida em 1932 com o nome de Odete Rios, Cassandra foi uma das autoras mais vendidas dos anos 60 e 70 - e também das mais perseguidas pela censura, que não tolerava o forte conteúdo erótico de sua obra, considerada pornográfica pelos setores mais conservadores da cultura. Em seus livros, falava com liberdade e muita sensualidade sobre assuntos mais que polêmicos para a época, como o homossexualidade feminina, as relações entre sexo, religião, política e cultos umbandistas, que "atentavam" contra a moral defendida pelos militares. Lésbica assumida, chegou a vender quase trezentos mil exemplares de seus livros por ano, um sucesso editorial que só seria igualado décadas mais tarde pelo escritor Paulo Coelho.

Estreou com "Volúpia do Pecado" (1948) e foi um sucesso popular com incontáveis livros, ao lado da também considerada pornógrafa Adelaide Carraro. Com a abertura, um de seus livros, A paranóica, foi adaptado para o cinema com o título de Ariella , interpretado por Nicole Puzzi. Ariella era uma menina rejeitada que vivia numa mansão e descobre que seu tio fingia ser seu pai para ficar com sua fortuna. Para se vingar, passa a usar o próprio corpo, desintegrando a família.

Aos 33 anos, em meados dos anos 1960, Cassandra era uma mulher completamente diferente das da época. Porte alto, vestindo terninho e com certa altivez, destacava-se mesmo estando numa multidão. Além de escritora, nesta época foi dona de uma livraria na avenida São João, ao lado da Galeria do Rock, em São Paulo,onde podia ser encontrada diariamente.

Em 1976, a autora tinha 33 dos 36 livros que havia publicado apreendidos e proibidos em todo o país. Desde então, desapareceu completamente do noticiário. Abandonada, editando os últimos livros por conta própria, Cassandra queixava-se que sempre se sentiu incomodada pelo fato de sua vida pessoal ser confundida com as atmosferas que criava em suas obras. Numa entrevista recente à revista TPM, afirmou: "O que mais me incomodou foi me encararem como personagem de livro. Então, não tenho capacidade para ser escritora?!"

Cassandra Rios faleceu em São Paulo, aos 69 anos de idade, em 8 de março de 2002.


O QUE TE FEZ GOSTAR DE MIM?

O que te fez gostar de mim?
A curiosidade?
Vi em teu olhar um chamado
e nos gestos vagos das tuas mãos
a ansiedade
Tinhas medo de dizer meu nome
e estremecias quando eu me acercava.
O maior prazer da minha vida
eram teus receios, mas depois
tive o desespero dos teus beijos
em minha boca
e o prazer tornou-se tortura
de êxtases infinitos...

Enquanto não te dirigi a palavra não tiveste descanso,

tu fizeste para que eu prestasse atenção em ti.

E foi assim que imergi no sonho!

Fontes de pesquisa:
http://pt.wikipedia.org
http://oocities.org.br
Trabalho de Pesquisa: Eliana Ellinger (Shir)