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Clube de Poetas









sábado, 11 de junho de 2011

ÁLVARES DE AZEVEDO


ÁLVARES DE AZEVEDO
(1831-1852)

Manuel Antônio Álvares de Azevedo, filho do doutor Inácio Manuel Álvares de Azevedo e dona Maria Luísa Mota Azevedo, nasceu em São Paulo, 12/09/1831 e veio a falecer no Rio de Janeiro, 25/04/1852.

Passou a infância no Rio de Janeiro, onde iniciou seus estudos. Voltou a São Paulo (1847) para estudar na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, onde desde logo ganhou fama por brilhantes e precoces produções literárias. Destacou-se pela facilidade de aprender línguas e pelo espírito jovial e sentimental.

Durante o curso de Direito traduziu o quinto ato de Otelo, de Shakespeare e Parisina, de Lord Byron; fundou a revista da Sociedade Ensaio Filosófico Paulistano (1849); fez parte da Sociedade Epicureia e iniciou o poema épico O Conde Lopo, do qual só restaram fragmentos.

Álvares de Azevedo foi extremamente devotado à família, como se pode ver pelo início de um de seus mais célebres poemas:

"Se eu morresse amanhã, viria ao menos / Fechar meus olhos minha triste irmã; / Minha mãe de saudades morreria / Se eu morresse amanhã!"

Pertenceu à chamada segunda geração do Romantismo Brasileiro, influenciada pelo poeta Byron, cuja poesia se caracterizou pelo ultra-romantismo, subjetividade e pessimismo frente à vida.

Em todo o mundo, os integrantes dessa tendência romântica olhavam com desencanto para a vida e consideravam o sentimento do tédio como o "mal do século". Levavam vidas boêmias e desregradas, o que levou grande parte deles a contrair tuberculose.

A morte constitui o tema de grande parte dos poemas de Álvares de Azevedo. O paradoxo é que sendo ele o poeta dos versos sombrios e cinzentos, foi também quem introduziu o humorismo na poesia brasileira, devido à irreverente ironia de alguns dos seus poemas, como o famoso "Namoro a cavalo" ou "A lagartixa" que começa com os seguintes versos:

"A lagartixa ao sol ardente vive/ E fazendo verão o corpo espicha:/ O clarão de teus olhos me dá vida/ Tu és o sol e eu sou a lagartixa".

Outro elemento constante em suas poesias é a mulher, ora apresentada como virgem, bondosa e amada, ora prostituta, ordinária e vadia. Seus poemas também são marcados pelo patriotismo e o saudosismo da infância, além de certo satanismo, ligado à morbidez e à rebeldia dos românticos.

Álvares de Azevedo foi vitimado pela tuberculose aos 21 anos incompletos. Todas suas obras foram publicadas em livro postumamente: os poemas de "Lira dos Vinte Anos", a peça teatral "Macário", e o livro de contos "A Noite na Taverna".

Álvares de Azevedo é o patrono da Cadeira no 2 da Academia Brasileira de Letras.


AMOR

Amemos! Quero de amor
Viver no teu coração!
Sofrer e amar essa dor
Que desmaia de paixão!
Na tu’alma, em teus encantos
E na tua palidez
E nos teus ardentes prantos
Suspirar de languidez!

Quero em teus lábio beber
Os teus amores do céu,
Quero em teu seio morrer
No enlevo do seio teu!
Quero viver d’esperança,
Quero tremer e sentir!
Na tua cheirosa trança
Quero sonhar e dormir!
Vem, anjo, minha donzela,
Minha’alma, meu coração!
Que noite, que noite bela!
Como é doce a viração!
E entre os suspiros do vento
Da noite ao mole frescor,
Quero viver um momento,
Morrer contigo de amor!



Fontes de Pesquisa:
www.academia.org.br
www.educacao.uol.com.br

Trabalho de Pesquisa: Eliana Ellinger(Shir)

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