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Clube de Poetas









sábado, 4 de junho de 2011

AUGUSTO DOS ANJOS



Augusto dos Anjos
1884 / 1914

Augusto de Carvalho Rodrigues dos Anjos nasceu no engenho "Pau d'Arco", em Paraíba do Norte, a 20 de abril de 1884, e morreu em Leopoldina (Minas Gerais) a 12 de novembro de 1914. Em 1907, bacharelou-se em Letras na Faculdade do Recife e, três anos depois mudou-se para o Rio de Janeiro, onde exerceu durante algum tempo
o magistério. Do Rio, transferiu-se para Leopoldina, por ter sido nomeado para o cargo de diretor de um grupo escolar.
Morreu nessa cidade, com pouco mais de trinta anos.
Apesar da sua juventude, os padecimentos físicos tinham-lhe gravado no semblante profundos traços de senilidade. Augusto dos Anjos publicou quase toda a sua obra poética no livro "Eu", que saiu em 1912. O livro foi depois enriquecido com outras poesias esparsas do autor e tem sido publicado em diversas edições, com o título Eu e Outros Poemas. Se bem que nos tivesse deixado apenas este único trabalho,
o poeta merece um lugar na tribuna de honra da poesia brasileira, não só pela profundidade filosófica que transpira dos seus pensamentos, como pela fantasia de suas divagações pelo mundo científico.
São versos que transportam a dor humana ao reino dos fenômenos sobrenaturais. Suas composições são testemunhos de uma primorosa originalidade.
Escrito em um momento de transição, pouco antes da virada modernista de 22, sua obra representa o sincretismo entre o parnasianismo e o simbolismo. No livro, Augusto dos Anjos faz da obsessão com o próprio "eu", o centro do seu pensamento. O egoísmo e angústia estão presentes ("Ai! Um urubu pousou na minha sorte"); assim como o ceticismo em relação ao amor ("Não sou capaz de amar mulher alguma, Nem há mulher talvez capaz de amar-me").


SONETO

Canta teu riso esplêndido sonata,
E há, no teu riso de anjos encantados,
Como que um doce tilintar de prata
E a vibração de mil cristais quebrados.

Bendito o riso assim que se desata
- Citara suave dos apaixonados,
Sonorizando os sonhos já passados,
Cantando sempre em trínula volata!

Aurora ideal dos dias meus risonhos,
Quando, úmido de beijos em ressábios
Teu riso esponta, despertando sonhos...

Ah! Num delíquio de ventura louca,
Vai-se minh'alma toda nos teus beijos,
Ri-se o meu coração na tua boca!

Fonte de pesquisa:
Http://www.netsaber.com.br/biografias

Trabalho de Pesquisa: Eliana Ellinger (Shir)

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