Este blog tem por finalidade, homenagear consagrados poetas e escritores e, os notáveis poetas da internet.
A todos nosso carinho e admiração.

Clube de Poetas









domingo, 5 de junho de 2011

MANUEL BANDEIRA

MANUEL BANDEIRA
1886 / 1968



Manuel Carneiro de Sousa Bandeira Filho é um dos maiores nomes da
poesia moderna brasileira.
Natural do Recife (PE), transferiu-se aos 10 anos com a família para o
Rio de Janeiro, onde cursou o secundário no Externato do Ginásio Nacional, hoje Colégio Pedro II, bacharelando-se em Letras.
Interrompeu os estudos de Engenharia na Escola Politécnica de São Paulo em 1904 devido à tuberculose.
Apesar de viver até aos 82 anos, a quebra de sua rotina de vida pela manifestação da doença, até então fatal, marcou o início de sua produção literária. Em 1917, influenciado pela poesia simbolista e pós-simbolista da Europa, onde passou por estações de cura, publicou seu primeiro livro: A Cinza das Horas. Seu segundo livro de poemas, Carnaval (1919), diferentemente do primeiro que sugere uma busca
da simplicidade, caracteriza-se pela liberdade de composição rítmica
e afirma o autor como pioneiro do modernismo.
No livro figura o famoso poema Os Sapos, sátira ao parnasianismo,
que veio a ser declamado, três anos depois, durante a Semana de Arte Moderna de 1922. Bandeira não participou diretamente da Semana,
mas mantinha amizade com os modernistas e colaborou nas revistas Klaxon, Antropofagia, Lanterna Verde, Terra Roxa e A Revista.
Exerceu também as atividades de inspetor de ensino, professor, cronista, crítico de artes plásticas, de literatura, de música e de cinema e historiador literário.
Apesar dos amigos e das reuniões na Academia Brasileira de Letras (para a qual foi eleito em 1940), Bandeira viveu solitariamente. Mesmo sendo um apaixonado pelas mulheres, nunca casou: dizia que "perdeu
a vez".
Outros livros famosos são: Libertinagem (1930), Estrela da Manhã (1936), Opus 10 (1952) e Estrela da Tarde (1963). Pertenceu à Academia Brasileira de Letras (eleito em 1940). Morreu no Rio de Janeiro como anunciado em seu poema "A Antônio Nobre":
(...) Com que magoado olhar, magoado espanto/revejo em teu destino
o meu destino!/Essa dor de tossir bebendo o ar fino,/A esmoecer e desejando tanto.../Mas tu dormiste em paz como as crianças./Sorriu
a Glória às tuas esperanças/E beijou-te
na boca... O lindo som!/(...).


Boda Espiritual

Tu não estas comigo em momentos escassos:
No pensamento meu, amor, tu vives nua
- Toda nua, pudica e bela, nos meus braços.

O teu ombro no meu, ávido, se insinua.
Pende a tua cabeça. Eu amacio-a... Afago-a...
Ah, como a minha mão treme... Como ela é tua...

Põe no teu rosto o gozo uma expressão de mágoa.
O teu corpo crispado alucina. De escorço
O vejo estremecer como uma sombra n'água.

Gemes quase a chorar. Suplicas com esforço.
E para amortecer teu ardente desejo
Estendo longamente a mão pelo teu dorso...

Tua boca sem voz implora em um arquejo.
Eu te estreito cada vez mais, e espio absorto
A maravilha astral dessa nudez sem pejo...
E te amo como se ama um passarinho morto.


Fontes de Pesquisa:
www.pensador.info/autor/manuelbandeira
www.educacao.uol.com.br/biografias

rabalho de pesquisa: Eliana Ellinger (Shir)

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